Orquestra Sinfônica de Minas Gerais exalta os 80 anos da Guignard

Marcus Viana volta a se apresentar com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (Paulo Lacerda/Divulgação)

Concerto da Sinfônica em homenagem à Escola Guignard, no PA, vai contar com nomes como Toninho Horta e Marcus Viana

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) se junta a Toninho Horta, Marcus Viana, Tadeu Franco e Trio Amaranto para celebrar os 80 anos da Escola Guignard. A instituição, vale lembrar, já funcionou no Palácio das Artes (entre 1950 e 1994) e, assim, guarda intensa relação com o complexo cultural. O concerto promete unir música e artes visuais. Assim, parte do projeto “80 e Sempre”, o segundo concerto de 2024 da série Sinfônica Pop, “As Minas de Guignard”, será apresentado nos dias 27 (terça-feira) e 28 (quarta-feira) de fevereiro, às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

No repertório, canções de Milton Nascimento, Beto Guedes e dos próprios Marcus Viana e Toninho Horta, além de outros artistas. A regência é de André Brant, maestro assistente da OSMG. No telão do Grande Teatro, os espectadores verão, ao longo das apresentações, imagens de obras pintadas tanto por Alberto da Veiga Guignard, criador da Escola, quanto por alunos da primeira turma.

Convidados

O concerto “As Minas de Guignard” tem como foco a música popular feita em Minas Gerais. Assim, Tadeu Franco volta ao palco no qual estreou como cantor profissional, em 1979, agora para cantar sucessos como “Sol de Primavera”, “Nós Dois” e “Encontros e Despedidas”. Para ele, o concerto presta um tributo à Guignard justamente ao tratar as coisas simples e comuns de Minas com a grandiosidade que a cultura do estado merece. “Os quintais, os noivados, as igrejas são coisas do mundo inteiro. Então, juntamos o particular para chegar ao universal, e essa foi a grande lição do Guignard. E é o que a escola passa para os mineiros talentosos. Minas é uma árvore de florações eternas, onde estão sempre surgindo talentos”, reflete.

Ele, Marcus Viana e o Trio Amaranto subirão ao palco juntos pela primeira vez, unindo-se também a Toninho Horta. No repertório, uma canção homenageia especialmente Guignard, que empresta o nome não só à Escola, mas também à maior galeria do Palácio das Artes. A música é “Aos Olhos de Guignard”, gravada em 2001 pelo Trio Amaranto. Flávia Ferraz, uma das integrantes, ressalta “o papel da escola não só no fomento, mas na manutenção das relações entre a arte e a sociedade e de um espírito crítico”.

Viana e Horta

Já Marcus Viana, que fecha o concerto com “Novo Século”, volta a tocar com a Sinfônica de Minas Gerais após quase dois anos, desta vez ao lado do filho, João Viana, ao piano. São dele os clássicos “Miragem” e “Pátria Minas”, que estarão no repertório. “Eu fico muito feliz por participar de um tributo que acende nosso olhar para a produção artística de Minas. Quando celebramos os nossos grandes nomes da arte e da cultura, estamos celebrando a comunidade mineira, já que a memória da nossa comunidade é construída também por esses artistas e pelas obras criadas por eles”, afirma o artista.

Ao comemorar seus 80 anos, a Guignard continua a ser vital e vibrante. É o que afirma o músico Toninho Horta, que cantará, entre outras, obras como “Quadros Modernos” e “Belo Horizonte”. “A geração de artistas das décadas de 1950, 60 e 70 foi de fundamental importância para o desenvolvimento da cultura de Minas Gerais. Vários artistas, hoje famosos no mundo, fizeram parte da Guignard”, reconhece.