
Airon Gischewski apresenta seu álbum de estreia “Avulso, na Casa Artô, neste sábado (Clarissa Aburachid/Divulgação)
Músico e bailarino, Gischewski levou para o álbum de estreia a experiência de compor trilhas sonoras para dança
O músico e bailarino mineiro Airon Gischewski lança neste sábado, na Casa Artô, o seu álbum de estreia, “Avulso”, que tem a concepção e a produção assinadas por ele. “Fui compositor, instrumentista, produtor, arranjador e sonhador desse projeto. Além disso, as composições presentes nesse meu primeiro álbum são todas muito particulares, feitas sobre meus amores, minhas vivências e minhas reflexões sobre a vida”, conta Airon. Com 11 faixas, o disco já está disponível nas plataformas digitais. Já o show, tem início previsto para as 23h.
Em “Avulso”, coabitam os elementos das diferentes linguagens de pesquisa desenvolvidas por Gischewski, e nas quais que os sons são sentimentos, movimento e paisagem. O início do processo, ele localiza em 2020, por volta de um mês antes da imposição do isolamento social. De início, veio a escolha do repertório, que traz canções compostas em 2016 que, na opinião do artista, dialogavam entre si. O trabalho resvala influências da MPB, folk, indie, rock, tropicália, música mineira, música contemporânea e até de algumas trilhas sonoras de filmes clássicos.
A dança como elemento inspirador
O artista Airon Gischewski, vale dizer, integra o elenco do Ballet Jovem Minas Gerais. Assim, organicamente, no processo de criação do disco também foi buscar inspiração na lida com a dança, criando uma espécie de “trilha sonora” dentro do disco – com roteiro, histórias e cenas. “Criei paisagens sonoras com climas, objetos e lugares, como sons de trem, chaleira, risadas de amigos e sons de chuva”, conta ele. Airon também transpõs a formação em dança para a arte de capa, num registro no qual ele aparece dançando.

“Avulso” foi todo produzido por Gischewski no seu estúdio caseiro, batizado Carta Sonora, e de maneira totalmente independente. Foi pensado como um projeto solo. “Criar tudo sozinho foi desafiador. Primeiramente, o processo me levou a pesquisar instrumentos novos, para, em seguida, conseguir tocá-los no disco. É um disco muito pessoal”. Na fase de produção musical, mixagem e masterização, Airon contou com o produtor Rafael Dutra.
Espetáculo em faixas
Com seu inseparável violão, Gischewski pensou o disco como se fosse um espetáculo, porém, dividido em faixas. Assim, mistura o olhar e a conexão com o movimento. É nessa junção do teatro, dança, música e poesia que o disco vai mudando de forma – da abertura até às cenas que levam ao caminho final, em 11 faixas.
Sobre Airon
Airon Gischewski é cantor, compositor, instrumentista, bailarino e criador de trilhas sonoras. No ano passado, compôs a trilha sonora original do espetáculo “Enquanto Estamos Aqui”, com texto de Sergio Roveri e direção de Leonardo Fernandes, que estreou em agosto no CCBB BH.
Também em 2022, Gischewski estreou o espetáculo “O Patinho Feio”, com direção de Fernanda Vianna, para o Ballet Jovem Minas Gerais, como bailarino e assistente de direção musical. Antes, em 2021, veio o espetáculo “Bicho no Concreto” de Fred Veiga, para o Grupo Jovem Arte e Passo. Também naquele ano, o artista produziu, arranjou e interpretou o single “Ocaso”, primeiro lançamento deste álbum.
Outros marcos
Em 2019, Gischewski estreou o seu trabalho solo “Nem a Paz, Nem a Guerra”, como coreógrafo e intérprete. Não bastasse, desenvolveu a trilha sonora, com apresentação no Festival Curta Dança. Estreou, ainda, o espetáculo de teatro infantil “O Sonho das Pérolas”, com direção de Leonardo Fernandes, que assina a trilha sonora original, executada ao vivo em parceria com Yasmim Umbelino.
A montagem recebeu o Prêmio Copasa Sinparc de Artes Cênicas na categoria de Melhor Trilha Sonora Original. No ano de 2016 compôs e executou ao vivo a trilha do espetáculo teatral “Suassunas”, dirigido por Marcelo do Vale. Como bailarino fez parte do Grupo Jovem Arte e Passo
Serviço
Airon Gischewski lança “Avulso”
Onde: Casa Artô (Rua Floresta, 82, Floresta)
Quando: Neste sábado, dia 1º de julho, às 20 horas
Ingresso: R$ 20 (vendas pelo Sympla)