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Cinema

Como Frozen 2 transformou a história das princesas da animação

Longa chega aos cinemas dia 2 de janeiro de 2020

Foto: Disney / divulgação

Conhecida como “Let it go”, com certeza você já ouviu falar de Elsa, a personagem de Frozen. A animação deu luz a uma discussão interessante sobre os clássicos contos de fada da Disney. O filme fez tanto sucesso, e ao mesmo tempo foi tão disruptivo para os padrões de histórias femininas, que vale à pena trazer reflexões sobre o poder que Elsa trouxe para o mundo da animação.

A falta que um príncipe faz

Uma donzela indefesa, um príncipe com cavalo branco e um amor repentino e sereno. São os principais pontos que você vai encontrar em qualquer conto de fadas da Disney. Ariel (A Pequena Sereia), Aurora (A Bela Adormecida), Cinderela (A Cinderela) e até Jasmine (Aladdin) e Pocahontas são alguns dos exemplos de belas que foram resgatadas pelo amor estonteante dos respectivos príncipes.

Mas não pense que essas histórias de amor não nos encantam, encantam e muito. O fato é que Elsa trouxe para o longa Frozen uma outra história de amor e que não envolvia nenhum homem. Ela mesmo se salvou do que a prendia, se libertou para ser quem sempre sonhou em ser.

E será que o fato de a história da princesa de Arendelle não envolver um príncipe de cavalo branco a faz lésbica? Uma lógica um tanto machista, não acha? Nem todas as histórias precisam envolver um amor romântico entre duas pessoas e, muito menos, se não envolver um homem, quer dizer, obrigatoriamente, que a personagem é lésbica. A questão principal do filme, foi mostrar o crescimento da personagem Elsa e o poder do autoamor.

A princesa empoderada

Também outro ponto que vemos em todos os outros filmes: as princesas começam sempre bobinhas ou, então, causando confusão por não seguirem o padrão esperado para elas. Pocahontas e Ariel queriam fazer outras coisas e estar em outros lugares, Branca de Neve e Cinderela coitadas aceitando tudo das respectivas madrastas e assim vai. Até então, Frozen mantém o mesmo padrão. Mas a mudança vemos a partir do baile que Elsa e sua irmã dão para a população de Arandelle.

É nesse momento que Elsa toma as rédeas da sua história e se empodera. “Livre estou”, canta a princesa, marcando seu processo de auto salvamento e entoando aceitar ser quem é. E esse é o ápice para o filme. Não é atoa que a música ficou mundialmente conhecida. E por mais que os contos de fadas sejam lindos de se ver, são de Elsas que precisamos para empoderar nossas meninas desde cedo.

Ana e Elza embarcam em nova aventura em Frozen 2 – Foto: Disney / Divulgação

Amor fraterno

É claro que um filme de princesas da Disney não poderia ficar sem uma história de amor. Em segundo plano, vemos Ana caindo nos braços do príncipe Hans. Mas algo muito interessante, nesse caso, acontece: o próprio filme satiriza esse amor repentino quando Elsa critica a irmã por querer casar com o tal príncipe de cavalo branco, depois de um dia de tê-lo conhecido.

A partir disso, que Ana se apaixona pelo Kristoff, um homem da montanha que ajuda a menina a encontrar Elsa. E mesmo com tudo esse romance acontecendo, uma outra história de amor vai sendo narrada e é a mais bonita de todas: o amor entre as duas irmãs, que mesmo vivendo sem contato por anos, ainda permanece ali adormecido e pronto para acordar. E esse amor é o que salva Arandelle do gelo.

Frozen é um filme para muito mais do que os tradicionais contos de fada. E em Frozen 2, Elsa e Ana entram para mais uma aventura. De cara o longa aponta como irá mostrar a importância da personagem ser quem é. E ainda, como é essencial para que Elsa acredite nela mesma, para salvar a todos.

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