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Música

Festival Sarará: apostas e expectativas para a edição 2019

Sarará tem atração para todos os gostos, de Gilberto Gil a Lagum
Foto: Gérard Giaume / Divulgação

Foto: Gérard Giaume / Divulgação

Está na hora do Sarará. O festival que já chega à quinta edição vai ganhando corpo e se tornando um dos principais do país. Em todas as edições a equipe de organização busca inovar e trazer para BH o que está bombando na cena nacional. Para contemplar todos os estilos e gostos, o line-up de 2019 vai desde Gilberto Gil, ícone da música popular brasileira, até nomes como Silva, Djonga e Mano Brown, Duda Beat com participação de Pabllo Vittar.

Além das atrações musicais, outros quatro coletivos de Belo Horizonte estarão no evento. São eles as festas Alta Fidelidade e Noite Maravilhosa,  ambos fazem festa na área open bar. Tem ainda outro rolê famoso na night 1010 e o Lá da Favelinha, que se apresentam em dois espaços abertos.

O tema de 2019 do Festival Sarará é a empatia e o olhar atento ao próximo. A equipe é composta por transexuais, deficiente e por pessoas com mais de 60 anos. O objetivo é oferecer espaço e oportunidade para quem não têm espaço no mercado de trabalho.

Em relação ao ano passado, quando o evento teve sérios problemas com os atrasos, há mudanças na disposição. São dois grandes palcos montados lado a lado. Ou seja, acaba a apresentação em um, começa no outro, quase que imediatamente. Tomara que assim funcione. Em 2018, de fato, a distância entre um palco e outro tornou a experiência fisicamente mais cansativa. Aliás, quem esteve lá não teve ter engolido até hoje o fato de Criolo ter sido “obrigado” a encerrar o show logo após subir ao palco. Enfim, águas passadas.

Prepare-se para uma maratona com duração de cerca de 12 horas.  A seguir você encontra um guia básico de sobrevivência no festival e também as nossas apostas (e expectativas) para os shows dos palcos principais.




Nossas apostas e expectativas para os shows do Sarará

A lista abaixo está organizada em ordem de desejo, sem seguir a cronologia. Mas, colocamos o horário dos shows do ladinho para você se orientar!

Foto: Gérard Giaume / Divulgação

Gilberto Gil – 21h30

Que Gilberto Gil dispensa apresentações todo mundo já sabe. Ele é um dos maiores nomes da música popular brasileira e prova a sua versatilidade ao se apresentar em festival como o Sarará. Aos 76 anos de idade, Gil dialoga com a nova geração da música brasileira e a obra fica cada vez mais atual. No fim de 2018 ele lançou o álbum de canções inéditas Ok Ok Ok e está em turnê pelo país com o trabalho. Entretanto, no Sarará, Gilberto Gil vai fazer um passeio pelos seus mais de 50 anos de carreira. Serão hits de diferentes épocas para todo mundo cantar junto.

Duda Beat – 19h

Também chamada de “rainha da sofrência pop”, Eduarda Bittencourt Simões, ou Duda Beat, é um nome recente do movimento manguebeat. A cantora é de Recife, Pernambuco, que é justamente a terra do manguebeat e de outras tradições musicais. O nome artístico é justamente devido ao estilo musical. Duda associou o seu sobrenome ao movimento manguebeat e pronto, estava decidido. Em entrevista ao programa Papo de Música, Duda Beat contou para a jornalista Fabiane Pereira que fez o seu primeiro disco, “Sinto muito”, já pensando que ele seria sucesso.

PS: E o show dela no Sarará terá a participação de ninguém menos que Pabllo Vittar. Não vai querer perder essa dupla no palco, não é?

Foto: Fernando Tomaz / Divulgação
Foto: Cartaxo / Divulgação

BaianaSystem – 20h

Eles também vieram do Nordeste, de Salvador, na Bahia, e estão bombando como a Duda Beat. No caso do grupo BaianaSystem a música é voltada para o rock e o reggae. A popularidade começou de vez quando a música “Playsson ” entrou para a trilha sonora do jogo Fifa 2016. O grupo, na verdade, trata-se de um projeto, formado em 2009, para encontrar e experimentar possibilidades sonoras para a guitarra baiana. O instrumento foi criado nos anos 1940 e foi responsável pela origem do trio elétrico. Concluímos que a sonoridade é um tanto particular e diferente, né?

Mano Brown – 15h

Encontro de gerações ícones do rap nacional. O mineiro Djonga sobe ao palco ao lado do paulistano Mano Brown, um dos pioneiros  do estilo rap no Brasil. Se Mano e sua turma tem uma importância extrema no reconhecimento do rap como potência, Djonga é um dos mais importantes nomes da nova geração da música.

Na apresentação, além das músicas do mineiro, os artistas cantam sucessos do Racionais MCs. O repertório completo não foi divulgado, mas a apresentação promete!

Foto: José de Holanda / Divulgação

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Foto: Bruno Machado e Juliana Rocha

Letrux – 12h30

Letrux em Noite de Climão foi o primeiro álbum solo lançado por Letícia Pinheiro de Novaes. Foi eleito o 10º melhor disco brasileiro pela revista Rolling Stone Brasil, em 2017. É inegável que o trabalho dela é relevante no nosso cenário musical, já que também é atriz, cantora e escritora. Em suas apresentações mescla leitura de poesias e canta em português, inglês, francês, espanhol e italiano. Por outro lado Letrux, como é conhecida artisticamente, declama e lê poesias de autores e autoras que admira. São eles Sylvia Plath, Hilda Hilst, Drummond, Bruna Beber, Alberto Pucheu e muitos outros.

Ah! Não podemos deixar de contar quem Letrux vai convidar para subir ao palco na Esplanada do Mineirão: Marina Lima. Este também é um encontro de gerações imperdível. Cantora e compositora, Marina Lima iniciou a carreira quando teve uma música gravada por Gal Costa (Meu doce amor). Depois disso, decidiu musicar alguns poemas do irmão mais velho e obteve reconhecimento.

Silva – 13h45

Os fãs de Silva afirmam que você deve ir ao show porque ele é “perfeito, lindo e maravilhoso”. Os relatos são de que as músicas de Lúcio Silva de Souza nos fazem pensar na vida e viajar, flutuar e sentir a energia com a qual ele faz o seu trabalho. A presença no show de Silva é obrigatória pois, além de cantar as próprias composições, ele também canta Marisa Monte.

Essa é a opinião dos fãs, nós não vamos concordar nem discordar até assistir ao show no Festival Sarará. E você?

Foto: Breno Galtier / Divulgação
Foto: Julia Amaral / Divulgação

Lagum – 17h

Os cinco jovens da Lagum já são sucesso absoluto em todo o Brasil. Eles estiveram no Sarará de 2018 e retornam agora. Só para exemplificar, é a banda mineira com maior número de ouvintes mensais nos players de música. A rapaziada da Lagum tem o som pop e alternativo e convida a cantora, compositora, apresentadora e publicitária Iza. Esse vai ser um encontro de peso já que, assim como a Lagum, Iza é sucesso nacional. O primeiro álbum dela, Dona de mim, de 2018, recebeu indicação para o Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa.

Baco Exu do Blues – 18h

Mais um baiano desembarca em BH para participar do Sarará. Baco Exu do Blues é um dos maiores rappers contemporâneos da música (em empate com o Djonga) e o sucesso começou a ganhar ascensão quando lançou a faixa “Suicídio”. A canção foi escrita por Diomedes Chinaski e nela os músicos fazem uma crítica ao rap nacional, que é concentrado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O artista esteve envolvido em polêmicas. Em duas músicas que cita Jay-Z e Beyoncé ofensivamente. Ele se defendeu dizendo que em momento nenhum faltou com respeito, mas, mesmo assim, as críticas continuaram. De toda forma, Baco se destaca pela sonoridade, vale conferir o show de Baco no Sarará pela sua musicalidade.

Está bom ou quer mais? Quem quiser mais e tiver comprado ingresso para a área open bar do Festival Sarará, vai poder acompanhar apresentação do MC Kevin O Chris. O artista é cantor, produtor, DJ, compositor e aos 22 anos é um dos nomes mais importantes do funk 150 bpm. Depois de 12 horas de Sarará acompanhar o MC vai encerrar com chave de ouro a sua maratona de shows. Vai perder?




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