Pablo Dias lança seu 1º disco, “Amanhecer”

O músico mineiro Pablo Dias lança, neste mês de setembro, seu primeiro disco, que resulta de um processo de superação ao vício e a uma condição de saúde que quase interrompeu a carreira do músico. Os shows de lançamento acontecem nos dias 4 e 15 de setembro, no Cine Theatro Brasil Vallourec e no Parque Lagoa do Nado

Um distúrbio neurológico causado pela contração involuntária das mãos, chamado distonia focal, quase levou Pablo a desistir do cavaquinho. Vencedor do Prêmio BDMG Instrumental, ele assume que chegou até o fundo do poço após a descoberta da doença. No entanto, desenvolveu uma técnica para seguir com o instrumento. E daí veio o álbum autoral, “Amanhecer”. O lançamento será dia 4, quarta, no Cine Theatro Brasil Vallourec (ingressos a R$ 10); e dia 15, domingo, no Parque Lagoa do Nado, às 15h, com entrada gratuita, sem retirada de ingressos.

Vício e superação

Além da doença, o artista também lidou com o vício em cocaína. “Me distanciei da música, me senti cada vez mais vazio. No entanto, decidi ‘reiniciar’ toda a vivência passada. Ou seja, largando todos os vícios, nascendo para novas perspectivas. Sem a minha família, minha mãe e minha filha, especialmente, esse processo não seria possível. E sem os músicos que estão comigo neste trabalho, também não”, diz Pablo.

“Amanhecer” foi gravado como jam sessions entre Pablo e amigos, no Estúdio Stereoutono, sob a batuta do músico e engenheiro de som Marcelinho Guerra. As baterias são de Marcelo Dai, Já as guitarras, Acauã Ranne, sobrinho de Sérgio Pererê. O baixo ficou a cargo de Bruno, do Graveola. A condução das percussões, por Gilson Junio e Daniel Guedes. Os batuques têm a participação de Cícero Lucas, do filme “Marte 1”.

Sonoridade

“Amanhecer” carrega paisagens sonoras distintas em suas dez faixas. “A Volta”, que abre o disco de Pablo, surge abarcada por um balanço sertanejo e por sons da natureza, fazendo o cavaquinho soar quase como uma viola caipira. Até desaguar em um pouco de choro, de jazz e de brasilidades espertas, impressas também por solos de guitarras jazzísticas. Já “Flor do Campo” carrega um tema solar. E caminha para um arranjo marcado até por um pouco de rock n’ roll nas viradas de bateria e percussões intensas.

Já “O Silêncio do Timbre Inesperado” permite uma experimentação maior, com o cavaquinho soando por vezes como um bandolim, impulsionado por guitarradas e efeitos eletrônicos livres, “Alecrim” coloca na mesa as clássicas referências do samba, principalmente o samba-de-breque. Tal qual, flerta com a alegria do samba de gafieira, a partir de uma linha de solos do cavaquinho de Pablo Dias.

“O álbum ‘Amanhecer’ dança com tudo e vê alegria em tudo. Não é um disco dedicado propriamente a um ritmo. É uma produção dançante, para cima, muito influenciada por um certo balanço que foi construído junto com esses excelentes músicos que me acompanham. É uma obra, no fim das contas, miscigenada, assim como nós”, avalia Pablo.

Serviço

Pablo Dias apresenta “Amanhecer”

Quando. 4/9 (quarta-feira), às 19h

Onde. Cine Theatro Brasil Vallourec (Avenida Amazonas, 315 – Centro)

Quanto. R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). Ingressos neste link <https://www.eventim.com.br/artist/cine-theatro-brasil/amanhecer-de-pablo-dias-3717962/>

Lagoa do Nado

Quando. 15/9 (domingo), às 15h

Onde. Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado (R. Hermenegildo de Barros, 904 – Itapoã)

Quanto. Entrada gratuita, sem retirada de ingressos