Os espetáculos “Marcas do Tempo”, “Alegria Não se Encaixa” e “Mamulengo” são algumas das iniciativas que percorrem centros culturais no momento
Em cena, a palhaça Brigite Guardô conta com a ajuda do público infantil para recuperar a bolsa que lhe foi roubada pelo Mico. É nela que Brigite guarda amores, segredos, histórias e tudo o mais o que se possa imaginar – do mesmo modo, o que não se pode conseguir imaginar! Interpretada pela atriz Lilian Amaral, o espetáculo “Alegria Não se Encaixa” é um dos espetáculos que, atualmente, estão em circulação por regionais da capital mineira. São oportunidades de assistir a boas iniciativas com acesso gratuito. E, ainda, sem ter que se deslocar para o centro.
Uma outra montagem que está em cartaz na cidade é “Marcas do Tempo”. Neste mês de junho, a empreitada da autora e contadora de histórias Maria Célia Nunes vai passar por quatro espaços culturais da capital mineira. Entre os espetáculos, tem, ainda, “Mamulenga”, do Grupo Girino. Em cena, um elenco todo formado por atrizes bonequeiras mescla técnicas diversas do teatro de bonecos. A cenografia de Tiago Almeida dialoga com sobreposições de tecidos para a criação de ambientes miniaturizados, criando universos de ilusão para o espectador.
Já os figurinos dos atores e bonecos fazem referência às bordadeiras e crocheteiras de Minas Gerais e do Nordeste. Assim, são todos feitos à mão, com rendas, franjas, bordados e tingimentos. A trilha sonora composta por 20 canções tocadas ao vivo mistura ritmos como arrasta-pé, coco, baião, xote, embolada, dentre outros. Cada personagem da trama é marcado por instrumentos distintos, como sanfona, violão, tambor, pandeiro, kalimba, caxixi, xilofone, uma pequena rabeca e um marimbau.
“Mamulenga”, com o Grupo Girino
Entre os espetáculos em cena, tem também a estreia de “Mamulenga”, do Grupo Girino. Em cena, uma homenagem às expoentes femininas da cultura popular brasileira e do teatro de bonecos. Na história, com a morte do pai mamulengueiro – ofício passado por gerações de homens -, Maria tem que assumir o protagonismo. Assim, se torna mestre mamulengueira. Daí, o público assiste à manipulação de bonecos inspirada pela tradição nordestina, bem como aliada às técnicas mistas do Teatro de Animação contemporâneo. Direção de Tiago Almeida. Ele também assina a dramaturgia junto a Fernando Limoeiro.
“Mamulenga” fica em cartaz nos dias 8 e 9, sábado e domingo, às 18h, no Teatro Marília. As sessões contam com intérprete de Libras. A entrada é gratuita com retirada de ingressos no Sympla. Classificação indicativa: Livre. Depois o espetáculo circula no dia 20, quinta, no Centro Cultural Padre Eustáquio, bem como no dia 27, no Centro Cultural Venda Nova. E, ainda, no dia 13 de julho, no Centro Cultural Usina da Cultura, sempre com sessões gratuitas. Mais informações no Instagram oficial do Grupo Girino.
“Alegria Não se Encaixa”, com a palhaça Brigite Guardô
A Palhaça Brigite Guardô dá sequência à circulação iniciada em maio, e que ainda vai passar por dez Centros Culturais de Belo Horizonte. Neste sábado, 8, às 16h, é a vez do Centro Cultural Urucuia, no Barreiro. Na ocasião, a atriz apresentará o espetáculo “Alegria não se Encaixa”. Assim, a super palhaça, que não tem poderes e não usa capa, enfrenta, junto a amigos, bem como com a ajuda do público, muitas aventuras. Tudo isso para recuperar a bolsinha dela (roubada pelo Mico). E, desse modo, salvar o mundo de uma pandemia de mau humor.
“Poder levar Brigite a tantos Centros Culturais da cidade é uma alegria”, diz a atriz Lilian Amaral. “Acredito na descentralização e democratização do fazer artístico como potência formadora e de transformação de realidades, tanto do público quanto do artista. A arte da palhaçaria só acontece no encontro. Assim, ocupar diferentes regionais da capital é garantia de diversidade de encontros e possibilidades. Estou feliz e animada, certa de que voltarei dessa temporada com a bolsinha cheia de novas histórias e bons amigos”, ressalta. O espetáculo “Alegria não se Encaixa” tem direção de Cláudio Dias.
Além das apresentações, será realizada a oficina “Jogos teatrais para todos”, de 9h30 às 12h30. Conduzida pela própria Lilian, elas trabalham valores como empatia e senso de coletividade, bem como habilidades de atenção, improviso, prontidão, musicalidade, consciência corporal e memória.
“Marcas do Tempo”, com Maria Célia Nunes
No rol de espetáculos, também anotamos “Marcas do Tempo”. Após a estreia em maio, no Centro Cultural Vila Rita, e sessões no Centro Cultural Venda Nova e no Museu de Moda, a montagem segue a agenda neste mês de junho. Assim, o espetáculo da autora e contadora de histórias Maria Célia Nunes vai passar por outros quatro espaços culturais da capital mineira. São eles: Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, no dia 7; Centro Cultural Salgado Filho, dia 8; Teatro Raul Belém Machado, dia 9, e Centro Cultural Padre Eustáquio, dia 13.
O espetáculo, dirigido por Alan Najara, é baseado em três contos de autoria de Maria Célia Nunes: “As Chamas e o Legado”, “O Menino e a Mulher” e “Amor Proibido”. A encenação também conta com a narração de poemas alusivos à sabedoria ancestral dos povos originários. Do mesmo modo, a dramaturgia da peça agrega dados estatísticos relacionados às temáticas que o projeto abarca. O evento é gratuito e contará com intérprete de Libras.