Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Duda Las Casas estreia na poesia com o lançamento de Viseira

Lives nos dias 25 de agosto e 12 de setembro pelo Instagram da autora marcam o lançamento no Brasil e em Portugal

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Duda Las Casas sempre foi uma artista múltipla. Tanto que conviver com ela sempre foi testemunhar uma mulher com olhar inquieto, elétrico que parece flagrar tudo à sua volta. Por isso, é bem interessante a escolha de Viseira para o título do primeiro livro de poesias da carreira. Tem muitas metáforas aí!

Editado pela carioca 7Letras, o lançamento será com uma rodada dupla de lives. Anota aí: respectivamente dias 25 de agosto e 12 de setembro, sempre às 19 horas, pelo Instagram da autora. Atualmente vivendo em Lisboa, Portugal, Duda receberá convidados para falar sobre suas diversas facetas. 

A jornalista e cineasta sempre teve olhar atento para o que pode haver de poético no audiovisual e até mesmo nos memes, na música e na prática da informação cultural. Ah, tem essa: Duda é uma excelente curadora de memes. 

Duda Las Casas. Foto: Deborah Viegas/Divulgação

Viseira 

Os poemas registrados em Viseira começaram a ganhar o papel há cerca de sete anos. No entanto, naquela altura, soava mais como um exercício a mais de quem ama se expressar por meio das imagens, sejam elas estáticas, audiovisuais ou até mesmo aquelas deixadas pela borra do café.

Culturadoria: Quando você percebeu que Viseira seria um livro? 

Duda Las Casas: O processo começou a 7 anos e o livro foi mudando , o título também. É difícil para mim saber a hora de parar. O momento que dá o clique se temos o livro ou um filme. Desapegar e aceitar o processo. Mas depois que fui reunindo tudo pensei que deveria fazer esse parto e que em seguida poderia fazer outras coisas. Relaxei quando deixei de ficar tão preocupada se os poemas faziam ou não sentido juntos. E é engraçado, mas senti até contrações no dia que entreguei para a editora.

Qual o sentido da Poesia para você? 

Penso que na poesia pode tudo. Meu mestre Carlito Azevedo citou a poeta Marina Tsvetaieva e achei lindo: “O que é a poesia? O primeiro milímetro de ar acima do chão.” 

Poesia pra mim é surpresa e fenômeno, a gente não sabe o que vai acontecer, como vai iniciar ou acabar um poema. Gosto muito desse risco na hora de escrever. 

Como foi escolher os poemas para Viseira, você contou com um olhar externo? 

Sim, o processo foi solitário mas quando reuni tudo dividi a minha seleção com duas poetas Maria Eduarda Castro e Mariana Vieira, cada uma a sua maneira me ajudou a dar essa forma para o livro, aí passei para o editor Jorge Viveiros de Castro, e o Viseira aconteceu depois convite do Jorge, da editora 7letras para editá-lo. 

A experiência em Portugal tem alguma influência em mais esse passo na sua vida: ser uma poeta? 

Quando entrei na Universidade Nova já estava há algum tempo escrevendo mas foi aqui em Lisboa que comecei a participar mais intensamente de eventos de literatura e poesia. Acabei também conhecendo muitos poetas imigrantes. Uma das boas surpresas foi participar da coletânea Volta para tua terra, da editora Urutau, que reúne poemas de escritores estrangeiros. 

Viseira também pode ser uma metáfora. Se for este o caso, qual o significado implícito nessa palavra te interessa neste momento?

O livro começou a ser escrito no calor do Rio de Janeiro e terminou com o inverno de Lisboa e ainda pandemia. Esse título já estava escolhido há mais tempo, cheguei a pensar em mudá-lo por causa das viseiras que acabaram se transformando com o Covid. Mas achei que o título tinha muito a ver com meu processo, que é colher palavras e imagens do cotidiano que cruzam meu caminho.

Não com o sentido em si. Mas pode declinar 2 sentidos, de proteção do rosto e ao mesmo tempo abertura da blindagem para a exterior

Você sabe o que te define como artista hoje? 

Acho que a coragem. É tão estranho a gente ter que definir o que quer fazer nova. Esses nomes… ser diretora, ser taróloga, ser jornalista. Às vezes me sinto incomodada em mudar o tempo todo o que quero fazer. Querer ser tudo, não ser nada. Mas ao mesmo tempo acho que o artista pode e deve experimentar. É isso que tenho buscado, mas ainda não cheguei a muitas conclusões. 

[O QUE] Lançamento de Viseira, livro de poemas de Duda Las Casas

[QUANDO] 25 de agosto e 12 de setembro, 19h, 

[ONDE] Pelo Instagram @dudalascasas 

Viseira está à venda no site da editora https://7letras.com.br/

Preço: R$ 45,00

Viseira, livro de Duda Las Casas. Foto: Editora 7Letras

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