Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Dia do Cinema Brasileiro: dicas de filmes premiados para você valorizar o cinema nacional

Oscar, BAFTA, Cannes. Confira uma lista de filmes brasileiros premiados para celebrar o Dia do Cinema Brasileiro

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Você sabia que o cinema brasileiro tem duas datas para chamar de sua? Pois é! Uma é 19 de junho, uma homenagem a quando o cineasta ítalo-brasileiro Afonso Segreto fez as primeiras imagens na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Isso foi em 1898. Mas também celebramos a produção nacional em 5 de novembro, data em que rolou a primeira exibição pública de cinema no país. 

Mas, na verdade, acho mesmo que devemos prestigiar o cinema brasileiro todo dia e sempre que puder. Isso porque nossa produção está cada vez mais diversa, com qualidade técnica e sempre surpreendente. Mesmo com tantas dificuldades. Sim, a situação atual é dramática e precisamos cada vez mais valorizar os filmes que são feitos. Alô, Ancine, cadê você?

Então, para marcar este 19 de junho, indicamos aqui filmes nacionais que estão disponíveis no streaming e que foram premiados ou indicados em importantes eventos internacionais. 

Dia do Cinema Brasileiro
Cena do filme Central do Brasil. Crédito: Europa Filmes

Central do Brasil 

Começando com o clássico. Quanta emoção esse filme dirigido por Walter Salles carrega, né? Vale muito rever Fernanda Montenegro como Dora, uma mulher que recebe para escrever cartas na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Dessa forma, um dia ela encontra o pequeno Josué, filho de uma cliente, e juntos eles embarcam em uma linda viagem pelo Brasil. Central do Brasil foi lançado em 1998, em um momento de virada do cinema brasileiro. O longa recebeu duas indicações ao Oscar (Melhor Atriz para Fernandona e Filme em Llíngua Estrangeira), ganhou o Bafta de melhor filme estrangeiro e também todos os principais prêmios do Festival de Berlim naquele ano: filme, diretor e atriz. 

Veja Central do Brasil no Telecine.

Veja Central do Brasil na GloboPlay.

A vida invisível

Também com Fernanda Montenegro no elenco, A vida invisível foi dirigido por Karin Ainouz. É baseado no livro de Martha Guerra e se passa no Rio de Janeiro dos anos 1940. Pensa bem o quanto aquela sociedade da época era machista? Pois foi o que as irmãs Guida e Eurídice sentiram na pele. Quando Guida decidiu fugir com o namorado, ela foi cancelada pelo pai. É um filme cheio de nuances, muita delicadeza. Além disso, fala de amizade, cumplicidade e também de como o machismo é uma chaga estrutural. A vida invisível ganhou o principal prêmio da mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes em 2019.

Veja A vida invisível no Telecine.

Veja A vida invisível na Globo Play.

Democracia em vertigem

Falando em machismo, ele impera também no documentário Democracia em Vertigem, embora esse não seja o tema do longa dirigido por Petra Costa. Ela acompanhou o golpe contra a ex-presidente Dilma e apresenta um ponto de vista muito pessoal daquilo que o Brasil enfrentou. Assim, ao mostrar um pouco dos bastidores da crise política de 2016, Petra também reflete sobre as questões estruturais que a democracia brasileira carrega. O filme foi um dos cinco documentários indicados ao Oscar em 2020. 

Veja Democracia em Vertigem na Netflix.

Que horas ela volta?

A desigualdade social e a separação de classes, outros sérios problemas brasileiros, estão como pano de fundo desse filme dirigido por Anna Muylaert. Para começar, tem Regina Casé no elenco. Ela faz o papel de uma empregada que se sente integrante da família para qual trabalha. Só que não, né! As diferenças ficam claras quando a filha dela, criada no interior do Nordeste, decide se mudar para São Paulo. O filme é cheio de sutilezas. Ao mesmo tempo que te faz rir, provoca também reflexões. Que horas ela volta? venceu o prêmio especial do Júri no Festival de Sundance em 2015 e dois prêmios no Festival de Berlim, entre eles, melhor filme da mostra Panorama. 

Veja que horas ela volta no Telecine.

Bacurau

O ano de 2019 foi especial para o Brasil em termos de premiações internacionais. No Festival de Cannes, por exemplo, além do reconhecimento de A vida invisível, Bacurau venceu o prêmio do júri na mostra principal do Festival de Cannes. Como esse filme é bom! Os diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelas conseguem fazer uma crítica do Brasil por meio de infinitas metáforas. E atenção: nada em Bacurau é gratuito! Cada detalhe faz diferença. 

Veja na Globo Play.

Cena de Bacurau. Foto: Victor Jucá/Divulgação

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