Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Dia das Crianças: qual personagem marcou sua infância?

Seguidores do Culturadoria responderam nossa enquete e citaram nomes como Emília, Pica-Pau e Menino Maluquinho

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A infância é um dos momentos mais importantes na vida das pessoas. É nesse período que, sem dúvida, mais aprendemos, formamos a nossa personalidade e conhecemos as maiores referências para toda a vida. Pensando nisso – e no dia das crianças – nós colocamos no nosso Instagram uma enquete perguntando qual personagem marcou a infância dos nossos seguidores. As respostas foram as mais diversas!

As crianças, que hoje já estão crescidinhas, disseram não só personagens de desenho animado, como também de filmes e quadrinhos. Só para exemplificar, Emília, do Sítio do Pica-pau Amarelo, e o Pica-pau. A escolha talvez se dê pela autenticidade e coragem de ambos os personagens. 

Sendo assim, vamos conferir quem foram os personagens citados e conhecer cada um deles? 

Foto: Ângelo Lucas / Globo

 

Emília 

A boneca é uma das personagens principais da obra de Monteiro Lobato. Na história, foi confeccionada por Tia Nastácia, faz-tudo e cozinheira, para a Narizinho, outra personagem da obra de Lobato. Nasceu em 1920 no livro A menina do narizinho arrebitado e foi feita a partir de retalhos de uma saia velha, recheada de macela e olhos de retrós. A boneca de pano nasceu muda, mas o doutor Caramujo receitou uma pílula falante e ela então ganhou “vida”. Inegavelmente, Emília se destaca por não ter papas na língua, ser inventiva, sapeca e protagonista de peripécias. 

Entretanto a Emília e a sua aparência não se resumem ao vestido amarelo, laranja, verde e vermelho. Foram inúmeras versões para a televisão. A primeira, por exemplo, foi exibida entre 1951 e 1962 pela TV Tupi.  Outra característica marcante da personagem é a sua independência e não adequação aos padrões. Como é uma boneca, Emília não precisa ir à escola, comete pecados e travessuras sem punição, faz birra, teima, é malcriada e quando leva bronca finge que não é com ela. Em resumo, a boneca é querida pela inteligência e diversão. Se algo der errado, nada como o pó de pirlimpimpim para dar um jeito em tudo. 

 

Foto: Reprodução

Pica-pau

Outro personagem que fez parte da infância de bastante gente é o Pica-pau. Ele foi criado pelo artista Walt Lantz, animador, desenhista e dublador americano. A primeira a aparição do pássaro com características humanas foi em 1940. Há relatos de que Lantz pensou em criar o personagem após ter a lua de mel atormentada por um pica-pau. Então, criou o Woody Woodpecker, nome em inglês, e o inseriu na série de Andy Panda. Na trama, Andy e seu pai tinham que lidar com um pica-pau louco que chegou para atormentar a vida de ambos. Devido ao grande sucesso, o Pica-pau foi ganhando espaço e produções como protagonista. 

Esse personagem passou por diversas mudanças ao longo dos anos. No começo, era vesgo, de barriga vermelha, tinha dente no bico, olhos verdes e penugem branca. As principais mudanças foram na cor: os olhos passaram de verde para preto, depois para verde novamente; o topete foi virado para trás, ganhou a coloração azul e luvas brancas. Mas por que será que este personagem marcou tanta gente? Um dos motivos é o longo tempo que ficou no ar. A primeira aparição foi foi em 1940 e a última em 2018. Contudo, é certo que Pica-pau não é um personagem bonzinho. Longe disso, ele infringe leis, usa armas, dinamite e ensina os sobrinhos a trapacearem. Mas acaba que ele tem um contraponto: o cavalo Pé de Pano. O pangaré é ingênuo, medroso, mas está sempre disposto a ajudar. Só que ele sempre atrapalha qualquer plano de Pica-pau. 

 

Foto: IMOVISION

Zezé – Meu pé de Laranja Lima

Este é, inegavelmente, um dos personagens mais fofos da literatura. Ele foi lembrado na enquete que fizemos no Instagram, e despertou um mix de sentimentos em relação a Zezé. O menino de seis anos faz parte da narrativa do livro Meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos, publicado em 1968. Foi traduzido para 52 línguas e publicado em 19 países. A obra conta a história do menino e sua família pobre. O pai estava desempregado e a mãe trabalha arduamente em uma fábrica. Em meio a tanta dificuldade, Zezé consegue se divertir com a sua árvore, o pé de laranja lima, e com o amigo que fez quando se mudou para a nova casa, o senhor Manuel, também chamado de portuga. 

Foi adaptado inúmeras vezes. A estreia no cinema, por exemplo, foi em 1970, sob a direção de Aurélio Teixeira. Foram três novelas. A TV Tupi foi a primeira a exibir, também em 1970, e depois a Bandeirantes fez duas versões, em 1980 e 1998. A versão mais recente para a telona estreou em 2012, com direção de Marcos Bernstein.

 

Ilustração : Maurício de Sousa Produções

 

Turma da Mônica

Em 2019 a Turma da Mônica completa 60 anos! Toda essa história começou quando Maurício de Sousa criou tirinhas para jornais. Na época, os personagens principais eram Bidu e Franjinha. Mas não importa quem é o mais ou menos protagonista na história. Aos poucos Mônica e Cebolinha foram ganhando os holofotes, bem como Magali e Cascão. Além do núcleo principal composto pelos quatro amigos, outros também fazem parte da Turma da Mônica. Algumas delas são Turma da Tina, Turma do Penadinho e a Turma do Chico Bento. 

Todos eles são fundamentais na formação educacional de alguns brasileiros, já que estão no currículo de escolas. O sucesso dessa turminha é tanto que já ganhou o mundo no cinema, em livros, adaptações para televisão, para o teatro e até uma evolução. Já encontramos a Turma da Mônica Jovem. Já até falamos sobre a adaptação para as telonas aqui no Culturadoria. 

Punky, a levada da breca

Clássico dos anos 1980 a série Punky, a Levada da Breca foi transmitida pelo SBT. Conta a história de uma garota que foi abandonada pela em mãe em um shopping. Entretanto, a menina logo se virou sozinha. Conseguiu um apartamento vago em um prédio e foi morar lá com o cachorro. No apartamento, tinha um item desejado por muitas pessoas, a cama carroça. É isso mesmo, uma cama em formato de carroça. E não era só a cama, o cachorro Sandy e a casa na árvore também eram itens cobiçados.
Não parou por aí, a série também ganhou um desenho animado que, quando foi lançado, resultou em diversos produtos de Punky.

 

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Ilustração: Ziraldo

Menino Maluquinho

O Menino Maluquinho é mais um dos exemplos de personagens que saíram dos quadrinhos e ganharam outras plataformas. A criança criada por Ziraldo é alegre e sapeca. Os quadrinhos descrevem de forma lírica o que é infância. Provavelmente é por esse motivo que o personagem marcou a infância de tanta gente. O enredo da história mostra o Menino Maluquinho como uma criança alegre, cheia de imaginação, que adora viver aventuras com os amigos e aprontar, tanto é que um dos costumes dele é andar com uma panela gigante na cabeça. Resumindo: marca registrada do personagem. 

 

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O Cavaleiro das Trevas
Foto: DC Comics

Batman

A primeira aparição de Batman foi em maio de 1939. Ele foi criado pelo escritor Bill Finger e pelo artista Bob Kane. Quando era criança viu os pais serem assassinados e jurou vingança. A partir daí treinou artes marciais e trabalhou toda a sua capacidade física e também o cérebro. Aprendeu tudo sobre diversos assuntos, como ciência e tecnologia. Desde a primeira aparição, em Detective Comics, o morcegão ficou famoso e logo ganhou a sua própria história em quadrinhos. 

Em princípio, a ideia era a de que ele atuaria em histórias policiais. No entanto, acabou se tornando um dos super heróis mais famosos. Quando o parceiro Robin é introduzido na história, ele fica menos sombrio. De maneira idêntica acontece quando surgem Coringa e a Mulher-Gato, em 1940. Em resumo, trabalhou ao lado de Superman, vira membro da Liga da Justiça, vai para a televisão e também para o cinema. Até os dias atuais Batman é um dos heróis que arrasta muitos fãs por aí, crianças e adultos. 

 

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Foto: Globo

Fada Bela interpretada por Angélica

Mais um brasileiro para a lista de personagens que marcaram a infância dos seguidores do Culturadoria. Desta vez, de carne e osso. A personagem Fada Bela fez parte da novela Caça Talentos, produzida pela Rede Globo e exibida entre 1996 e 1998. A narrativa contava a história de Bela, interpretada por Angélica. Ela era uma menina que sofreu um acidente de carro com os pais quando era bebê e apenas ela sobreviveu. Após o acidente, ela foi encontrada por duas fadas que a levaram para o Mundo Mágico. Dessa forma, ela ganha poderes mágicos e é criada como uma fada.

Quando completa 18 anos, Fada Bela descobre que veio do mundo real e precisa decidir se via ficar no Mundo Mágico, ou voltar para sua origem. A partir daí, a novela mostra o dilema da jovem que no meio do caminho ainda se apaixona por um homem. No entanto, ela não pode beijar nenhum humano, ou seus poderes sumirão. 

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