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Dia da Mulher: 8 autoras para não perder de vista

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Para celebrar esse Dia da Mulher, conseguimos construir uma lista, com mulheres importantes para a literatura atual, no Brasil e no mundo

Por Maria Lacerda | Culturadora

Por muitos anos, nós mulheres fomos silenciadas de várias formas. O silêncio não atingia só nossa capacidade verbal, mas também nos impedia da inclusão em estudos formais e, consequentemente, da escrita.

Carla Madeira. Foto: Márcia Charnizon.
Carla Madeira. Foto: Márcia Charnizon.

Mesmo assim, Iinevitavelmente, fizemos história no meio da literatura. Por exemplo, Christine de Pizan, Colette, Maria Firmina dos Reis, Jane Austen, Virginia Woolf, Clarice Lispector, Emily Dickinson. Cada uma a sua forma, elas construíram um legado e pavimentaram o caminho para a atualidade. 

Por isso, conseguimos construir uma lista como essa, com mulheres importantes para a literatura atual, no Brasil e no mundo, para celebrar esse Dia da Mulher.

Taylor Jenkins Reid

Confesso que Taylor e seus livros foram responsáveis por me apaixonar – mais uma vez – pela leitura. Através de livros de ficção histórica, a autora constrói histórias – e personagens – com uma destreza que considero difícil de encontrar. De Evelyn Hugo à Camila Dune e, em breve, Carrie Soto, ela é capaz de te transportar para outras décadas em uma viagem que mexe com sua compreensão do que é – ou não – real. 

Carla Madeira 

Além de jornalista e publicitária, Carla também é uma presença fortíssima na atual literatura ficcional brasileira. Ou seja, o livro de estreia da mineira, Tudo é Rio, foi o segundo mais lido do país em 2021, perdendo apenas para o consagrado Torto Arado. 

Fenômeno da literatura do país, ela foi a mulher brasileira que mais vendeu ficção, também em 2021. Com uma sensibilidade sem igual, as obras tratam de temas delicados e polêmicos como o incesto e a violência doméstica.

Silvia Moreno-Garcia

A principal obra de Silvia, Gótico Mexicano, chegou ao Brasil através da Darkside Books. O livro passou algum tempo entre os mais vendidos do New York Times e, em 2021, foi indicado aos prêmios Nebula e Bram Stoker, que consideram os gêneros de fantasia e terror. Sendo assim, nos livros, a autora mexicana viaja pela história e abraça uma escrita poética e sombria. Silvia também atua como colunista do Washington Post e crítica da National Public Radio (NPR). 

Sally Rooney

Para os amantes de Fleabag, sempre acabo indicando as obras de Sally Rooney. A irlandesa ganhou atenção através de Pessoas Normais, que acabou sendo adaptado pela Hulu. Assim, tal sucesso se solidificou através de Conversas com amigos – adaptado pela Amazon Prime, que vai ser lançado este ano. Tem, ainda, Belo mundo, onde você está, que não deve demorar para receber uma adaptação. 

As histórias de Rooney são muitas vezes escritas de maneira peculiar. Em resumo: quem já leu Pessoas Normais provavelmente entende do que eu estou falando. Dessa forma, a autora retrata personagens questionáveis, inseguros e, por isso mesmo, reais. É inevitável não se conectar. 

Talia Hibbert

Para quem ama romances, é essencial conhecer – e amar – os trabalhos de Talia Hibbert. A autora britânica retrata a paixão através de olhares e relações diversas e super cativantes. Autora da série Irmãs Brown, além de outros livros e novellas apaixonantes, Talia te conquista e, de quebra, faz até acreditar que amor romântico exista mesmo. 

Paulina Chiziane

Ganhadora do Prêmio Camões de 2021, Paulina foi a primeira mulher moçambicana a publicar um livro no país. Dessa maneira, o maior sucesso é Niketche: Uma história de poligamia, lançado em 2001 e considerado um dos romances moçambicanos mais renomados do século. 

Em obras de cunho feminista e político, a autora é conhecida por desafiar as tradições patriarcais de seu país. Através de um lirismo carregado de bom humor e consciência social, a autora se consagra como romancista e contadora de histórias.

Casey McQuiston

Com seu romance de estreia, Vermelho, Branco e Sangue Azul, Casey conquistou um lugar no coração dos leitores jovens e da comunidade LGBTQIA+. Assim, no apaixonante Última Parada, a autora se estabeleceu mais uma vez pela capacidade de construir histórias engraçadas e super cativantes. Os personagens tem um timing inigualável e a maneira com que a americana constrói as conexões – que vão bem além de laços sanguíneos – é capaz de aquecer o coração até do mais ranzinza. I kissed Shara Wheeler, seu terceiro livro, vai ser lançado ainda neste mês – e promete continuar a conquistar leitores pelo mundo. 

Mayra Sigwalt

Se você ainda não ouviu o nome de Mayra, se prepare para conhecer esta autora que ainda vai brilhar muito no meio literário do país. Sua primeira obra, O que encontramos nas chamas, surpreende por conquistar o leitor através de um enredo que prende e desperta a curiosidade.

Em contato com a própria ancestralidade indígena, Mayra resgata memórias de uma forma rica, colocando em foco pessoas que passaram muito tempo sendo invisibilizadas. Apesar de tratar de temas fortes, com um foco na violência sexual, ela desenvolve a temática dolorosa de uma forma cuidadosa, através de personagens sem igual.

Além de escritora, Maya também é roteirista e criadora de conteúdo digital sobre literatura. O currículo também se estende para curadora e cocriadora do Turista Literário, além de coapresentadora do podcast Wine About It. Mayra também foi a criadora da hashtag #AbrilIndigenaLit responsável por divulgar literatura indígena.

Capa de "Os sete maridos de Evelyn Hugo". Crédito: Editora Paralela
Capa de “Os sete maridos de Evelyn Hugo”. Crédito: Editora Paralela

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