Por Ana C. A. Souza
Não é de se estranhar que os lançamentos estão recheados de temas natalinos, de redescoberta dos valores e da magia que essa época pode proporcionar. Surfando nisso, ‘De Repente uma Família’ (Instant Family) se destaca como uma das dramédias do momento. O filme aborda a delicadeza de uma história sobre relações familiares. Fala também sobre a descoberta de uma paternidade/maternidade. São personagens bem humorados e cativantes nas suas personalidades próprias (e alguns estereótipos, também).
O filme é baseado nas experiências reais do diretor Sean Anders (‘Pai em Dose Dupla’ e ‘Quero matar meu chefe’). Dessa maneira, ‘De Repente uma Família’ aceita o desafio de falar de adoção de um jeito despretensioso e muito (fofo) leve, sendo extremamente bem sucedido nisso. Ellie (Rose Byrne) e Pete (Mark Wahlberg) formam um casal branco e de classe média que nunca pensou em ter filhos. Mesmo assim eles se aventurando na vida de serem pais. É assim que Juan (Gustavo Quiroz), Lizzy (Isabela Moner) e Lita (Julianna Gamiz), três irmãos de descendência latina e de idades (e personalidades) totalmente diferentes, aparecem.
A partir daí, a relação dos cinco, assim como as desventuras e sabores da vida familiar são os elementos que preparam essa história gostosa de assistir. São momentos muito bem pensados de alívio cômico e pitadas de melodrama, com cenas feitas para chorar. A trama flui sem ficar cansativa.
O enredo
A responsabilidade que a narrativa assume, também deve ser levada em conta. Falar sobre adoção, ao mesmo tempo em que decide mostrar que isto se trata de uma missão e tanto, traz tons de “pé no chão” para a trama. Ela poderia descambar facilmente para algo bem monotom e sem graça. É aí que o conhecimento de causa de Anders não nos deixa na mão. Contam também o entrosamento e afinidade com que Rose e Mark entregam ao casal protagonista. Eles mostram que amizade e cumplicidade que não falham.
Apesar de tentar esclarecer muita coisa em relação aos processos de adoção (nos EUA), o longa não está interessado em se ater aos trâmites legais. Na verdade, quer contar sobre essa experiência e (talvez) fazer mais pessoas considerarem essa possibilidade em suas vidas. Então, desde o elenco até o plot dessa história, a intenção fica muito clara. Em resumo: mostrar como família é família, independente de como se forma.
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De Repente uma Família foi uma cabine do Mesa, em parceria com o Culturadoria.
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