Existe dança de todos os tipos e formatos: solo, em grupo, a dois. A manifestação cultural, que já estava presente na antiguidade e na Grécia, por exemplo, era associada aos jogos, como os olímpicos. Além disso, os estilos são diversos: dança latina, clássica, jazz, ballet, sapateado, stiletto e, claro, a dança africana. Na nossa semana especial em homenagem ao Dia da Consciência Negra também vamos também falar sobre dança.
Para isso, separamos algumas iniciativas de BH e região para você conhecer. Contamos com a ajuda de Leandro Belilo, diretor da Companhia Fusion de Danças Urbanas, dançarino e coreógrafo. Juntos, fizemos uma curadoria com nomes que trabalham com a dança negra. Também podemos fazer desta uma lista colaborativa, ou seja, deixe nos comentários se você conhece outros artistas da área.
Cia Fusion de Danças Urbanas
Na periferia de Belo Horizonte um grupo de amigos que gostava de dançar se uniu e assim nasceu a Companhia Fusion de Danças Urbanas. Dessa forma, o grupo passou a se interessar e pesquisar cada vez mais por aspectos e elementos das danças urbanas. Atrelada a isso, está a valorização da cultura negra e das periferias nas coreografias e espetáculos. A última montagem, por exemplo, O recado do morro, tem base no afrofuturismo, no qual o povo negro é protagonista da própria história. A peça foi montada e apresentada em comemoração aos 17 anos de estrada da Fusion. Falamos mais sobre este espetáculo.
Clique aqui e confira. Além disso, o grupo fica sediado na CAFUÁ – Casa Fusions Arte. Trata-se de um espaço cultural alternativo que oferece aulas de dança, cursos especiais, exposições e apresentações artísticas.
Laia Cia de Danças Urbanas
A companhia é resultado da criação de um grupo de estudos do professor e coreógrafo Victor Alves. O artista ministrou o curso de danças urbanas do Centro Cultural Nansen Araujo em 2013. A companhia surge como forma de dialogar, pesquisar e explorar as expressões corporais com foco nas danças urbanas. A Laia também explora assuntos como o machismo e religião. Só para exemplificar, tais assuntos estão no espetáculo Nada mais é, apresentado em 2017.
Acompanhe o grupo no Facebook.
Cia Baobá Minas
A Companhia Baobá Minas foi fundada em 1999 por Júnia Bertolino (artista, arte educadora e antropóloga), Jorge Áfrika (músico) e por William Silva (coreógrafo e bailarino). O grupo já nasceu com a intenção de propor e estimular a representação das artes cênicas e dança negra em BH. Para isso, utiliza a dança, a música, a poesia e o teatro. A base são pesquisas sobre como a origem africana está presente na cultura brasileira.
Nos espetáculos da companhia, outra referência para as montagens são os griôs, conhecidos como contadores de história e importantes para compartilhar a cultura oralmente. Assim, os ensinamentos dos antepassados estão presentes e são explorados por meio de oralidade, memória, ancestralidade e identidade.
A Companhia Baobá Minas está presente no X Prêmio Zumbi de Cultura, realizado ao longo do mês de novembro. Nos dias 01 e 07 de dezembro o grupo realiza apresentações gratuitas no Centro Cultural Alto Vera Cruz e no Centro Cultural Venda Nova. Garanta sua entrada aqui.
Cia dos Anjos
A companhia foi formada por estudantes de dança de rua em 2000. A ideia é destacar vertentes dessa expressão artística: o hip hop e o house. Entretanto, para chegar aos resultados desejados, os artistas utilizam diferentes linguagens. Além disso, os dançarinos mostram nas apresentações a relação e vivência de cada um com a favela. Tudo isso por meio da consciência corporal e expressividade de cada estilo de dança. A companhia lançou neste ano um mini documentário para ilustrar essa relação. Veja no YouTube. Você também pode acompanhar o grupo nas redes sociais.