Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Dança negra em Belo Horizonte, conheça alguns grupos

Dentre eles estão veteranos e novatos na cena da dança negra da capital mineira

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Existe dança de todos os tipos e formatos: solo, em grupo, a dois. A manifestação cultural, que já estava presente na antiguidade e na Grécia, por exemplo, era associada aos jogos, como os olímpicos. Além disso, os estilos são diversos: dança latina, clássica, jazz, ballet, sapateado, stiletto e, claro, a dança africana. Na nossa semana especial em homenagem ao Dia da Consciência Negra também vamos também falar sobre dança.

Para isso, separamos algumas iniciativas de BH e região para você conhecer. Contamos com a ajuda de Leandro Belilo, diretor da Companhia Fusion de Danças Urbanas, dançarino e coreógrafo. Juntos, fizemos uma curadoria com nomes que trabalham com a dança negra. Também podemos fazer desta uma lista colaborativa, ou seja, deixe nos comentários se você conhece outros artistas da área.

Cia Fusion de Danças Urbanas

dança negra
Foto: Pablo Bernardo / Divulgação

Na periferia de Belo Horizonte um grupo de amigos que gostava de dançar se uniu e assim nasceu a Companhia Fusion de Danças Urbanas. Dessa forma, o grupo passou a se interessar e pesquisar cada vez mais por aspectos e elementos das danças urbanas. Atrelada a isso, está a valorização da cultura negra e das periferias nas coreografias e espetáculos. A última montagem, por exemplo, O recado do morro, tem base no afrofuturismo, no qual o povo negro é protagonista da própria história. A peça foi montada e apresentada em comemoração aos 17 anos de estrada da Fusion. Falamos mais sobre este espetáculo. 

dança negra
Foto: Pablo Bernardo / Divulgação

Clique aqui e confira. Além disso, o grupo fica sediado na CAFUÁ – Casa Fusions Arte. Trata-se de um espaço cultural alternativo que oferece aulas de dança, cursos especiais, exposições e apresentações artísticas.

Laia Cia de Danças Urbanas

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Foto: Pablo Bernardo / Divulgaçã

A companhia é resultado da criação de um grupo de estudos do professor e coreógrafo Victor Alves. O artista ministrou o curso de danças urbanas do Centro Cultural Nansen Araujo em 2013. A companhia surge como forma de dialogar, pesquisar e explorar as expressões corporais com foco nas danças urbanas. A Laia também explora assuntos como o machismo e religião. Só para exemplificar, tais assuntos estão no espetáculo Nada mais é, apresentado em 2017.

Acompanhe o grupo no Facebook

Cia Baobá Minas

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Foto: Andre Correa / Divulgação

A Companhia Baobá Minas foi fundada em 1999 por Júnia Bertolino (artista, arte educadora e antropóloga), Jorge Áfrika (músico) e por William Silva (coreógrafo e bailarino). O grupo já nasceu com a intenção de propor e estimular a representação das artes cênicas e dança negra em BH. Para isso, utiliza a dança, a música, a poesia e o teatro. A base são pesquisas sobre como a origem africana está presente na cultura brasileira.

Nos espetáculos da companhia, outra referência para as montagens são os griôs, conhecidos como contadores de história e importantes para compartilhar a cultura oralmente. Assim, os ensinamentos dos antepassados estão presentes e são explorados por meio de oralidade, memória, ancestralidade e identidade.

A Companhia Baobá Minas está presente no X Prêmio Zumbi de Cultura, realizado ao longo do mês de novembro. Nos dias 01 e 07 de dezembro o grupo realiza apresentações gratuitas no Centro Cultural Alto Vera Cruz e no Centro Cultural Venda Nova. Garanta sua entrada aqui.

Cia dos Anjos

dança negra
Foto: Pablo Bernardo / Divulgação

A companhia foi formada por estudantes de dança de rua em 2000. A ideia é destacar vertentes dessa expressão artística: o hip hop e o house. Entretanto, para chegar aos resultados desejados, os artistas utilizam diferentes linguagens. Além disso, os dançarinos mostram nas apresentações a relação e vivência de cada um com a favela. Tudo isso por meio da consciência corporal e expressividade de cada estilo de dança. A companhia lançou neste ano um mini documentário para ilustrar essa relação. Veja no YouTube. Você também pode acompanhar o grupo nas redes sociais.

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