Espetáculo de formatura dos alunos de dança do Cefart será apresentado nesta sexta e no sábado, dias 1 e 2 de dezembro, no Palácio das Artes
O balé clássico Coppélia estreou mundialmente em 1870 no Théâtre Impérial de l’Opéra, em Paris. Assim, de lá para cá, ao longo de mais de 150 anos, o espetáculo, com música do compositor Léo Delibes e coreografia original do bailarino Arthur Saint-Léon, já ganhou várias montagens. Agora, a romântica história chega ao palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com direção artística da coreógrafa e professora Miriam Tomich.
Desse modo, as apresentações acontecem nesta sexta (1º) e no sábado (2), às 20h. Assim, a remontagem contará com mais de 100 estudantes da Escola de Dança do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). E, ainda, de bailarinos convidados da Cia de Dança Palácio das Artes e da ATM Centro Cultural de Dança. A entrada é gratuita. Classificação é livre. De antemão, os ingressos podem ser retirados a partir das 12h (meio-dia) do dia anterior a cada apresentação, na Bilheteria do Palácio das Artes. Do mesmo modo, na plataforma Eventim.
Um clássico
Assim como outras obras do repertório clássico, Coppélia narra uma história através da dança, música e mímica. Na trama, baseada no livro Der Sandmann – escrito pelo alemão E. T. A. Hoffmann em 1815 –, Swanilda, uma bela e travessa jovem habitante de uma vila da Cracóvia (cidade da Polônia), descobre que seu namorado, Franz, está cortejando outra moça, que aparece sempre lendo um livro no balcão da casa do Dr. Coppélius, um velho exótico que leva uma vida misteriosa. Durante uma festa popular, o velho Coppélius perde a chave de sua casa, que é encontrada por Swanilda.
A moça resolve então, junto de suas amigas, entrar na casa do estranho personagem da vila, curiosa para conhecer a enigmática rival. Coppélia foi o primeiro grande balé clássico a incluir danças folclóricas de diversos países, como Polônia, Hungria, Espanha e Escócia, e sua atmosfera fantástica introduziu no mundo do balé os autômatos e bonecas, que depois se tornaram personagens comuns em outras obras.
Escola de Dança do Cefart
Após seis anos, a Escola de Dança do Cefart volta a apresentar um balé de repertório em um espetáculo de fim de ano. A última obra clássica interpretada pelos alunos foi La Fille Mal Gardée, de Jean Dauberval, em 2017. A coreógrafa Miriam Tomich, responsável pela remontagem de “Coppélia”, fala de alguns desafios que a execução de um balé tão conceituado e canônico oferece aos bailarinos. “Os balés de repertório foram preservados durante todos esses anos devido ao rigor em manter as peças mais próximas do original. Entretanto, precisamos sempre adaptar conforme a necessidade dos bailarinos, visto que os corpos diferem e as técnicas mudam de acordo com as escolas de balé. Sendo assim, buscamos a versão que mais se aproxima do grupo com o qual estamos trabalhando, enaltecendo a técnica e performance dos alunos”, explica a coreógrafa.
Além da coreógrafa, a remontagem de “Coppélia” realizada pelo Cefart é resultado do trabalho de toda a equipe artística, pedagógica e administrativa, e dos estudantes da Escola de Dança. Ao todo, 120 alunos de nove turmas participam do espetáculo, entre estudantes dos cursos Básico, Preparatório e Técnico. São desde crianças de 8 anos de idade até jovens adultos.
Envolvimento
“Coppélia” também conta com o envolvimento dos alunos da Escola de Tecnologia da Cena do Cefart. Assim, eles colaboram na iluminação e dão suporte em questões relacionadas ao figurino e à cenografia. O espetáculo ainda reúne três bailarinos convidados. Primeiramente, Pedro Lopes, da ATM Centro Cultural de Dança, escola de BH que tem Miriam Tomich como uma das diretoras. Tal qual, Rodrigo Giése e Cristhyan Pimentel, da Cia de Dança Palácio das Artes, corpo artístico da FCS.
No espetáculo, Cristhyan é um dos bailarinos a desempenhar o papel de Franz. “Pensando em clássicos, acredito que são danças que têm contemporaneidade, seja pelo tempo que os mantêm vivos ou pelas releituras”, afiança. Para ele, estar na Cia de Dança Palácio das Artes lhe permite ser um artista clássico mais consciente. “Assim, sabendo como vou me preparar, de que forma se dará a criação do personagem, como vou dar vida ao Franz, por exemplo. Amo esse processo criativo. E estar no meio dos alunos me anima, por me lembrar da responsabilidade, sabendo que posso colaborar com o aprendizado deles”, reforça Cristhyan.
Serviço
Espetáculo de fim de ano da Escola de Dança do Cefart – “Coppélia”
Datas: 1º/12 (sexta-feira) e 2/12 (sábado)
Horário: 20h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537, Centro)
Classificação Indicativa: Livre
Entrada franca, com retirada de ingressos a partir do meio-dia do dia anterior a cada apresentação, pela bilheteria do PA e no Eventim.
Informações para o público: (31) 3236-7400