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Literatura

No Dia Internacional da Mulher, confira o trabalho de quadrinistas brasileiras

"Lembranças", de Lu Caffagi e Vitor Caffagi

Talentosas, quadrinistas levam para o universo das HQs algumas das questões que permeiam o dia a dia das mulheres mundo afora.

Por Patrícia Cassese | Editora Assistente

São várias, as publicações em quadrinhos que retratam a vida de mulheres reais – algumas, famosas por suas lutas (como a filósofa e ativista estadunidense Angela Davis ou a paquistanesa Malala); outras, de rostos assim, não tão conhecidos, mas que transitam com galhardia por terrenos arenosos. Por outro lado, é também farta a lavra de HQs assinadas por mulheres quadrinistas. No Brasil, impossível citar todos os nomes. Mas, no Dia Internacional da Mulher, o Culturadoria se aventurou a falar do trabalho (bacanérrimo) de algumas, sem a pretensão de esgotar o tema. Confira! 

Lu Cafaggi

Hoje com 35 anos, a super talentosa belo-horizontina Luciana Lopes Cafaggi, ou simplesmente Lu Cafaggi, começou a publicar quadrinhos em 2010. Desde então, vem colhendo vários reconhecimentos, alguns dos quais, partilhados com o irmão, Vitor Cafaggi, com quem divide os créditos de “Turma da Mônica: Laços” (2013, seis anos depois, adaptada para o cinema), “Turma da Mônica: Lições” (2015) e “Turma da Mônica: Lembranças” (2017).

Fabiane Langona

Nascida em Porto Alegre, Fabiane começou a carreira assinando como Chiquinha, apelido que ganhou na faculdade. Desde 2017, porém, passou a usar o nome próprio. Aos 38, ela, que é formada em jornalismo, já lançou os livros “Algumas Mulheres do Mundo” e “Uma Patada com Carinho As Histórias Pesadas da Elefoa”, além de uma edição da coleção Ugrito, “A Mediocrização dos Afetos”. Ano passado, participou de uma concorrida mesa na Festa Literária de Paraty, a Flip, junto à poeta argentina Cecília Pavón.

Jéssica Groke

Ela é uma quadrinista mineira, mas reside já há algum tempo em São Paulo. Em 2018, publicou “Me Leve Quando Sair” (independente), que faturou o prêmio HQMix na categoria Novo Talento – Roteirista. A obra, aliás, arrancou elogios de ninguém menos que Laerte, e pode ser adquirida no site da artista. Jéssica também assina “Piracema”, um dos três volumes da coleção “Tabu” (2019), da Editora Mino – os demais são de Amanda Miranda (@amandamirand_) e Lalo (@laloboia), outros nomes que vale a pena seguir.

Lulli Penna

A ilustradora e cartunista paulista Luciana Artacho Penna, ou Lulli Penna, já exibiu seu talento em zines, revistas femininas, nos cadernos Ilustrada e Ilustríssima, da Folha de São Paulo, e na revista Piauí. Publicou, pela editora Todavia, a HQ “Sem Dó”. Recentemente, participou da publicação “Ragu 9” (disponível no site da editora Cepe), finalista do Festival Internacional de Angoulême.

Triscila Oliveira

Junto a Leandro Assis, a niteroiense lançou uma das melhores HQs sobre a pandemia da Covid-19: “Confinada” (Todavia). A obra enfatiza o contraste entre a vida da burguesa Fran, uma influenciadora digital, e a trabalhadora doméstica Ju durante os meses do confinamento. Tudo com muita ironia – e desconcertante verossimilhança com a realidade. Triscila, no caso, foi a roteirista desta pérola, de leitura altamente recomendada.

Aline Lemos. Outra mineira na área. Desde 2014, ela produz publicações independentes, expõe em feiras e ministra oficinas. Publicou “Fessora!”, “FOGO FATO” e “Artistas Brasileiras”, premiado na HQ MIX. Todos podem ser adquiridos no site da artista (o link está no perfil dela no Instagram a-linelemos. Aline é licenciada e mestre em História e Culturas Políticas pela UFMG.

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