O cantor Marcelo Veronez escolheu a data de aniversário (30/07) para o lançamento do segundo clipe da carreira. Dessa forma, aproveita as boas vibrações para divulgar algo muito importante para a carreira. Afinal, hoje em dia, além dos singles, são os clipes que bombam!
Nunca vi, a canção escolhida, é cheia de histórias. Apesar da letra atualíssima, é uma curiosa parceria entre Marku Ribas e o escritor Paulo Coelho que data de 1976. Já o vídeo, com direção de Gustavo Ruas e Leonardo Fonseca, sintetiza algo muito marcante na carreira de Veronez: o coletivo.
“Tudo o que vier de Narciso deu um grito tem que ser muito coletivo. O disco foi construído assim: é fruto do carnaval, cheio de participações e feito por financiamento coletivo”, conta o cantor. Dessa forma, ele fez questão de participar mais do que protagonizar as cenas do clipe. Nunca vi foi gravada pela banda Iconili além de Lira Ribas, Cláudia Manzo e Ana Reis.
A escolha da canção para o segundo clipe do disco Narciso deu um grito foi dos diretores. Marcelo, inclusive, disse que procurou não interferir na escolha dos artistas que participaram. Ao todo são 30. Em sua maioria, rostos conhecidos do teatro mineiro e da música independente produzida em Belo Horizonte. Ou seja, a turma de Veronez mesmo.
Profissionalismo
O primeiro registro audiovisual do álbum foi da canção Corte Devassa, tema do bloco homônimo do carnaval de BH. “Foi gravado no carnaval, com uma câmera, mais para fazer um registro”, diz. O porte de Nunca vi foi outro. Sendo assim, a direção de fotografia e câmera é de Ceres Canedo, direção de arte e figurino de Tati Boaventura, edição e finalização: Carlos Henrique Roscoe.
As gravações foram na sede do grupo 171 e também na Gruta, reduto no Horto que há cerca de 10 anos é palco para os projetos musicais de Marcelo Veronez.
A letra de Nunca vi contém uma lúcida – e atemporal – crítica social. Em especial ao Brasil. “Nunca vi país democrata para ter tanto Rei. (Tanto Rei, tanto Rei). / Rei do Rock, Rei do Samba, Rei da bola”. Na versão audiovisual, os diretores se distanciam de símbolos clichês nacionalistas e focam em pessoas. De todos os tipos e com uma coisa em comum: são livres.
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