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Agenda Cultural

Cláudia França apresenta a exposição “Em Casa”

Cláudia França: exposição é uma espécie de soma das diversas casas em que ela já morou, em diversas cidades (Cláudia França/Divulgação)

A artista Cláudia França inaugura mostra na galeria do Térreo do Centro Cultural da UFMG a partir desta sexta, 13 de dezembro de 2024

Uma casa “provisória”, na qual cada sala é tratada como um cômodo, e que, no todo, enseja provocar, no visitante, uma reflexão sobre o espaço doméstico. Inspirada pelo conceito de “domesticidade” do antropólogo britânico Daniel Miller, a artista belo-horizontina Cláudia França inaugura exposição que apresenta a casa não como um objeto fixo, mas, como adianta o material alusivo à iniciativa como um processo relacional e dinâmico. “Em Casa”, a exposição em questão, vai ocupar a galeria do Térreo do Centro Cultural da UFMG a partir desta sexta, dia 13 de dezembro, e até 30 de janeiro de 2025.

Citado no parágrafo anterior, Miller, atualmente com 70 anos, vale lembrar, é associado a estudos de relações humanas com coisas, tendo o consumo como foco importante. Entre seus livros publicados no Brasil está “Teoria das compras – O que orienta as escolhas dos consumidores” (Editora Nobel).

Interlocuções possíveis

Perguntada sobre o embrião da exposição, Cláudia lembra que, na verdade, o tema da casa se faz presente em seu foco de interesse investigativo já há um bom tempo. “Do mesmo modo, o estudo de paisagens e a simplificação das formas, entre outros (tópicos)”. No entanto, a artista ressalta que a etapa mais definidora de uma intencionalidade criadora acaba por ser a ocasião. E o que seria exatamente essa etapa? De acordo com ela, um lugar que conhece e que a instiga espacialmente, por exemplo. Ou um espaço expositivo que se abre a partir de um edital de ocupação ou um convite. “A partir daí, o processo se dá na interlocução do lugar com o elenco de materiais e as possibilidades formais”, esclarece a artista.

Desejo e desafio

No caso do espaço que ocupa no Centro Cultural da UFMG, Cláudia lembra que a estrutura atual do espaço tornou-se, concomitantemente, um desejo e um desafio. “Um desejo porque o espaço possui uma estrutura espacial que permite a construção de uma espécie de ‘narrativa’ para o desenvolvimento de um tema. Assim, de suas cinco salas, as três primeiras exploram a visão em profundidade de alguém que se coloca de maneira estática no vestíbulo do Centro Cultural, pouco antes de entrar na galeria propriamente dita”.

No entanto, depois de atravessar as três primeiras salas, prossegue Cláudia, o visitante depara-se com um “impasse”. “Ou ele sobe dois degraus e entra em uma sala ou sobe uma discreta rampa que o leva à maior das salas. Essas duas últimas salas são conectadas por uma porta, mas a experiência da visão em profundidade já possui, como antecedente, não um visitante estático, mas alguém que se moveu pelo espaço físico”. Isso, esclarece, a fez pensar que as salas poderiam se organizar em espaços imediatamente acessíveis (mais públicos), bem como aqueles cuja acessibilidade se dá aos poucos (o espaço íntimo). “E isso comunga muito bem com a experiência espacial que temos dentro de uma casa”.

Serviço

“Em Casa”, de Cláudia França,

Abertura: 13 de dezembro de 2024, às 19h

Período de visitação: 14 de dezembro de 2024 a 30 de janeiro de 2025

Horários: Terça a sexta: 9h às 20h. Sábados, domingos e feriados: 9h às 17h

Onde. Galeria do Térreo do Centro Cultural da UFMG (Av. Santos Dumont, 174, Centro)

Quanto. Acesso gratuito.

Classificação indicativa: 12 anos

Mais informações: Centro Cultural da UFMG: (31) 3409-8290

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