O TED, Technology, Entertainment, Design (Tecnologia, Entretenimento, Planejamento, em português), nasceu em 1984 com o objetivo de disseminar ideias. Dessa forma, Europa, Ásia e Américas realizam uma série de conferências de, no máximo, 18 minutos com personalidades, famosas ou não, sobre vários temas. Depois, elas são amplamente compartilhadas na internet. Já palestraram, por exemplo, pessoas como Bill Gates e Bill Clinton, além de nomes contemporâneos referência no crescimento pessoal, do empreendedorismo etc.
Sendo assim, ainda celebrando o Dia Internacional da Mulher, selecionamos cinco TEDs poderosos feitos por mulheres para você conferir a seguir.
Nátaly Neri, A mulata que nunca chegou
“Se o racismo não mata na entrada, ele faz com que você queira morrer na saída”. Essa frase resume a participação da digital influencer no TEDx São Paulo em 2017. Ela criou o canal Afro e Afins no YouTube e fala sobre moda, brechó, veganismo, autocuidado, sociedade e práticas sustentáveis. Na palestra conta como o racismo marcou a sua trajetória, assim como a autoestima e identidade. Em suma, trata-se conferência fundamental para refletir sobre o quão profundas e estruturais são as relações de racismo na nossa sociedade.
Nátaly também participou no ano seguinte falando sobre o tema Afrofuturismo: a necessidade de novas utopias. Veja aqui.
Shonda Rhimes: Meu ano de dizer “sim” para tudo
Shonda Rhimes o grande nome por trás de sucessos estrondosos como Grey’s Anatomy, Scandal e How to get away with murder. Trabalhou também em diversos filmes, ganhando vários prêmios. Neste TED fala sobre o período de tempo no qual disse sim para todas as coisas que a assustava, que a tirasse da zona de conforto, do ponto comum. Então, ao ser convidada para falar em público, não queria, mas ia; aparecer ao vivo na televisão, sim também, e assim por diante.
Entretanto, o “sim” que mudou a sua vida foi concordar em brincar mais com as filhas. Isso refletiu na relação em geral com a família e no trabalho. Rhimes ajuda a movimentar mais de 70 horas de televisão por temporada, além de milhões de dólares. Mas de onde vem inspiração, motivação e disposição para tudo isso? Na palestra ela reflete sobre o seu amor pelo trabalho e sobre o poder do sim.
O experimento também virou livro. Confira aqui.
Camila Coutinho, ouse ser independente
Ser uma mulher independente em qualquer lugar do mundo é uma tarefa que precisa vencer barreiras. Ou seja, uma verdadeira ousadia, como disse a influenciadora brasileira Camila Coutinho na sua participação no Ted no Texas em 2019. A sociedade cria padrões, valores e amarras para as mulheres desde a infância, onde as capacidades intelectuais, por exemplo, ficam em segundo plano. Dessa forma, a vida é uma construção pela autoestima, independência e liberdade de ser quem é lutando para não sofrer danos por isso. Camila Coutinho começou a se destacar na internet em 2006 quando criou o blog Garotas Estúpidas, o primeiro de moda no Brasil. Em 15 anos de atuação é uma das blogueiras mais conhecidas no mundo.
Angela Lee Duckworth, Garra: o poder do entusiasmo e da perseverança
Em tempos tão difíceis, a participação da acadêmica e psicóloga Angela Lee Duckworth no TED em 2013 pode ser um pontapé inicial para a reflexão. Ela realizou um estudo com alunos do ensino primário e entendeu que, para além do Q.I., a chave para ser bem sucedido está na determinação. Mas não a determinação pura e simples, mas tentar ao máximo manter o foco para alcançar os objetivos e, acima de tudo, acreditar. Ela, também professora, percebeu que essa determinação precisa ser motivada constantemente para que, mesmo com quedas, frustrações ou imprevistos, a caminhada continue.
Linda Hill, Como gerir a criatividade coletiva
O mercado de trabalho e as empresas estão cada vez mais competitivas. Dessa forma, se destacar é um dos pontos principais para sair na frente e a criatividade pode ajudar nesse processo. Entretanto, a professora Linda Hill descobriu que quando se explora a criatividade coletiva junto com outros instrumentos e práticas em uma empresa, os resultados são mais satisfatórios. Em resumo, é importante que toda a empresa compartilhe ideias, não apenas o “setor criativo”.