
Jogos Sagrados, Foto: Netflix / Divulgação
A produção cinematográfica indiana é uma área que merece atenção, principalmente daqueles apaixonados por cinema. Isso porque a indústria da Índia, conhecida como Bollywood, é a que mais produz no mundo. São cerca de 1.800 filmes ao ano e receitas de muitos bilhões de dólares. Entretanto, nem todas as séries e filmes indianos podem ser descritos como integrantes de Bollywood. Muita coisa independente e produzida por outros estúdios é desenvolvida.
Pensando nisso, selecionamos alguns títulos disponíveis na Netflix para você conhecer mais sobre a produção audiovisual do país. Tem comédia romântica, documentário, história política e produções originais. Confira!
Manju
A série conta a história de Manju, um jovem de 14 anos que é destinado a ser um profissional do críquete assim como o irmão mais velho, que é um astro da modalidade. Entretanto, esse é um sonho que foi projetado nele e no irmão pelo pai, um homem violento e exigente, que a todo custo deposita os próprios sonhos nos filhos. Os dois garotos ganham uma bolsa de estudos e vêem nela uma oportunidade para mudar de vida.
A série foi baseada no livro Selection day, do escritor Aravind Adiga, é uma produção original Netflix e, até o momento, apenas uma temporada está disponível.
Jogos Sagrados
Esta é a primeira série original da Netflix da Índia e já conta com duas temporadas. A produção se desenrola a partir de um telefonema que o policial Sartaj Singh (Saif Ali Khan) recebe do chefe do crime Ganesh Gaitonde (Nawazuddin Siddiqui). Ele precisa descobrir a identidade e capturar o criminoso. Entretanto, quanto mais a narrativa se desenvolve, mais o policial descobre o quanto a história é complexa e delicada. O foco principal é salvar a cidade de Mumbai da destruição.
Ek Ladki Ko Dekha Toh Aisa Laga (2019)
Há apenas dois anos, em 2018, a Índia descriminalizou a homessexualidade no país. Seis meses depois, a indústria cinematográfica respondeu à decisão lançando a sua primeira comédia romântica protagonizada por uma mulher lésbica. Na história, Sweety Chaudhary (Sonam Kapoor) faz parte de uma família tradicional, ou seja, que quer que ela se case e constitua uma família igualmente tradicional. Assim, Sweet precisa lidar com homofobia, vergonha e barreiras sociais para tentar ser aceita. Em resumo, Bollywood criou um filme leve, com assunto fundamental. Principalmente em uma sociedade na qual a homossexualidade era crime há poucos anos. A direção ficou a cargo de Shelly Chopra Dhar.
Homem-Absorvente (2018)
Neste filme, R. Balki conta a história real de Arunachalam Muruganantham, um homem que desenvolveu uma máquina que produz absorventes femininos baratos. Isso fez com que mulheres pobres da Índia passassem a ter acesso ao ítem básico de higiene pessoal. Arunachalam enfrentou o preconceito e as dificuldades para chegar às regiões rurais do país até se tornar um homem de sucesso. O filme também mostra a questão do tabu em torno da menstruação em tais regiões.
Em contrapartida, um outro filme sobre o assunto está disponível na Netflix. Absorvendo o tabu é um curta-documentário que conta a história de mulheres que vivem em Kathikera, aldeia de Hapur, perto de Nova Déli, na Índia. Elas batalham para ter acesso a produtos de higiene, à educação e ao trabalho. O filme Rayka Zehtabchi ganhou o Oscar de Melhor Curta-Documentário em 2019.
Faixa bônus: Quem quer ser um milionário (2008)
O filme de Danny Boyle mostra a trajetória de Jamal Malik Othman (Dev Patel), um jovem que vive na periferia de Mumbai e aparece no programa ‘Quem quer ser um milionário?’ da televisão indiana. Ele supera todas as expectativas e avança muito no jogo, o que gera suspeitas por parte da polícia e do programa. O filme ganhou o mundo e, em 2009, foi o vencedor de nove categorias no Oscar, indo de Melhor filme a Melhor Mixagem de Som. Também foi vencedor do BAFTA daquele ano, bem como o Golden Globe Awards.
