Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Da cidade do mar à cidade do bar: conheça o Boteco da Alaíde

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Cadeiras e mesas de plástico no passeio. Estufa. Cartazes com propagandas de bebidas alcóolicas, músicas tocando ao fundo, cheiro de fritura, luzes baixas. Todas as características de um boteco tradicional da grande BH. Mas algo faz com que este seja diferente dos demais: a Alaíde Carneiro.

Por muito tempo, o Bar Bracarense, localizado no Leblon (RJ) foi um dos destinos mais procurados pelos amantes de culinária por causa dos seus típicos bolinho. A chef de cozinha do local era Alaíde. Com o passar dos anos, ela e Chico, um dos garçons do bar, decidiram abrir o próprio negócio e criaram o Chico & Alaíde.

Para a tristeza do Chico e para alegria dos belo-horizontinos, a sociedade chegou ao fim e Alaíde decidiu vir para capital mineira abrir seu próprio boteco. Localizado no bairro Planalto, o Boteco da Alaíde já é tradicional. Desde que foi descoberto por blogueiros e jornalistas gastronômicos de BH começou a bombar. Nem placa e cardápio a casa tem ainda. O atendimento é feito pelo gogó. Ou seja, o garçom fala tudo o que a casa tem e te sugere os mais pedidos.

Foto: Gabriel Lacerda

Bolinhos

Antes de mais nada, o primeiro escolhido foi o bolinho de feijoada. Quase sem casca, ele surpreende. O recheio é realmente uma feijoada e tem até pedaços de couve dentro. As lascas de carne também são num tamanho bom e a cremosidade do petisco é diferente. Custa R$ 6 reais a unidade e para o começo de uma tarde “butequeira” é uma ótima pedida.

O bolinho Alaíde, em homenagem à dona do bar, é feito de uma massa bem leve e recheado com camarão e catupiry. Por R$ 5 você consome o aperitivo que, assim como os demais, é frito na hora. Outro petisco recomendado é o bolinho de carne seca e aipim. Da mesma forma, é bem recheado, também custa R$ 5 e fica muito bem ao lado de alguma cerveja.

Antes de chegar ao famoso ‘xoquinho’ é preciso experimentar o bolinho de caruru com vatapá (R$ 7). A sensação é de comer um bolinho feito com todos os ingredientes do acarajé. O camarão é grande, o recheio de vatapá é gostoso e o bolinho tem um bom tamanho. Se você gostar de pimenta, fique à vontade para experimentar as que o boteco tem. Mas se não tem costume com as pimentas fortes, vá devagar. Digo por experiência própria!

Camarão, catupiry e batata palha. Imagine essa tríade junta num só prato. Pois bem, foi o que Alaíde fez. O carro chefe da casa, de acordo com o garçom Hermes, custa R$ 8 e vale cada centavo. A apresentação é impactante. A batata palha faz a gente pensar: “O que será que tem aí debaixo?”. Na primeira mordida vem a resposta. Em resumo: o catupiry derretido se junta ao sabor do camarão e surpresa toma conta do paladar.

 

Foto: Gabriel Lacerda

 

Bebidas

As bebidas são as tradicionais encontradas nos botecos da capital mineira (ou de qualquer lugar). Cerveja de garrafa (R$ 8), cachaça (valor depende do tipo), sucos lata e refrigerantes (RS 5). O Boteco da Alaíde possui outros pratos. São porções e salgados variados para quem não deseja experimentar os bolinhos, mas, caso vá lá, não seja esse tipo de pessoa. Coma o novo e conheça um dos petiscos mais famosos do Rio de Janeiro por um preço acessível. Ah, um detalhe: se o bar estiver mais tranquilo, peça para conhecer Alaíde e ela te contar um pouco de toda sua história. É sempre bom conhecer os bastidores do prato que comemos.

Boteco da Alaíde

Endereço: Avenida Doutor Cristiano Guimarães, 1683, Planalto, BH. Preço: $

Horário de atendimento: Ter – Sáb – 12h às 22h. Dom – 12h às 18h

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