Até o dia 12 de maio, o BH nas Telas exibe 13 filmes, alguns com sessão comentada; programação também abarca painéis de discussão
Com o tema “Políticas Públicas para o Audiovisual”, a Mostra BH nas Telas dá início à nova edição nesta quinta-feira, dia 2 de maio, no Cine Santa Tereza. Assim, até o dia 12, a programação tenta traçar um panorama contemporâneo do cinema em longa-metragem realizado na Região Metropolitana de BH e em Minas Gerais. Não só. Também promove debates entre gestores públicos, produtores culturais e realizadores do cinema nacional. Toda a programação é gratuita.
Ao todo, serão exibidos 13 filmes, incluindo animações, obras de ficção e documentários. Entre eles, lançamentos, pré-estreias e produções que se destacaram no circuito de festivais nacionais e internacionais. Algumas das sessões serão comentadas pelos cineastas e equipe dos filmes. Paralelamente, cinco painéis de discussão vão debater os temas que contemplam os eixos do Programa BH nas Telas. A saber: memória e preservação, difusão, formação e capacitação, fomento e investimento, atração e facilitação de filmagens e análise e divulgação de dados e informações.
Debates
Do mesmo modo, entre 7 e 10 de maio, acontecem os debates. Assim, a lista de convidados inclui nomes como os de Juca Ferreira (BNDES), Paulo Alcoforado (ANCINE), Débora Butruce (ABPA) e Lyara Oliveira (SPCINE), entre outros.
Filmes
Na quinta, 2 de maio, a programação da “Mostra BH nas Telas” começa às 19h, com a exibição de “Tudo o que Você Podia Ser” (2023), de Ricardo Alves Jr. O filme, que primeiramente estreou em festivais, tem, agora, a primeira exibição em BH. Já o lançamento no circuito comercial está previsto para o dia 20 de junho. O longa retrata o último dia de Aisha em BH, na companhia de Bramma, Igui e Will. Desse modo, traça um retrato afetuoso sobre a família que se escolhe constituir. A sessão será comentada pelo diretor, bem como por Aisha Bruno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares, integrantes do elenco.
Já na sexta, dia 3, às 19h, será exibido o filme “Zé” (2023), de Rafael Conde, também em fase de pré-estreia no circuito comercial de cinemas. Na tela, a história de um líder do movimento estudantil contrário à ditadura civil-militar brasileira. Assim, Zé é um jovem idealista. Repleto de sonhos, precisa continuar a luta na clandestinidade – enfrentando, pois, uma vida de privações.
Sábado, 4
A programação do BH nas Telas continua no sábado, dia 4, às 16h30, com a animação infantil “Placa-Mãe” (2019). A sessão será comentada pelo diretor, Igor Bastos. No filme, uma robô ganha o direito de adotar duas crianças. Porém, em um mal entendido, David, o garoto, foge, com medo de a irmã, Lina, perder o tão sonhado lar. Enquanto David lida com os perigos da cidade, a robô Nadi tenta encontrá-lo.
Às 19h, é a vez de “As Órfãs da Rainha” (2023), de Elza Cataldo, que conta a história de três irmãs órfãs, Leonor, Brites e Mécia. Criadas como católicas pela rainha de Portugal, elas são enviadas a contragosto para a colônia brasileira com a ordem de se casarem. Assim, a dura adaptação à precariedade do Novo Mundo é vivida de forma diferente por cada uma.
E mais
No domingo, dia 5, às 16h30, a Mostra BH nas Telas exibe o documentário “A Rainha Nzinga Chegou” (2019), de Júnia Torres e Isabel Casimira. O filme mostra três gerações de rainhas à frente da Guarda de Moçambique e Congo Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário, em Minas. Desse modo, documenta um rito de passagem em que uma nova rainha assume o reinado. Tal qual, uma travessia de volta, em visita aos domínios da mítica rainha Nzinga, e às terras dos reis do Congo, Angola.
Na sequência, às 19h, o BH nas Telas exibe “Canção ao Longe” (2022), de Clarissa Campolina, que acompanha a busca de Jimena pela identidade e por um lugar no mundo. Na trama, Jimena lida com sua origem, seu corpo, suas escolhas e se depara com o silêncio das relações familiares. Através do olhar dela, o filme levanta questões sobre classe, família, tradição, raça e gênero. A sessão será comentada pela diretora e equipe.
Na outra semana
O BH nas Telas continua na terça, 7, às 19h, com “Amanhã”, de Marcos Pimentel. No documentário, três crianças de realidades diferentes, moradoras dos bairros Aglomerado Santa Lúcia/Morro do Papagaio e São Bento, encontram-se, em 2002. Vinte anos depois, o diretor tenta ver o que aconteceu a elas. A sessão será comentada por ele. Na quarta, 8, às 19h, é a vez de “Marte Um” (2022), de Gabriel Martins. O longa retrata a história de uma família negra da periferia de Contagem, que busca seguir os sonhos em um país que acaba de eleger um presidente que representa o contrário do que são.
Já na quinta-feira, dia 9, também às 19h, será a vez da sessão do documentário “Kevin”. No filme, Joana, uma brasileira, visita a amiga, Kevin, no país dela, Uganda. Elas se conheceram há 20 anos, quando estudaram juntas na Alemanha, e faz tempo que não se veem. A sessão será comentada pela montadora do filme, Clarissa Campolina.
“O Lodo”
Na sexta-feira, dia 10, às 19h, o BH nas Telas exibe “O Lodo” (2020), do diretor Helvécio Ratton. A trama conta a história de Manfredo, funcionário de uma empresa de seguros que leva uma vida normal, mas começa a perceber que está deprimido. Assim, procura a ajuda de um psiquiatra, o Dr. Pink, que, no entanto, começa a persegui-lo de forma paranoica. (no frame, abaixo, Eduardo Moreira e Renato Parara)
No sábado, dia 11, às 19h, é a vez de “As Linhas da Minha Mão” (2023), do cineasta João Dumans. Dividido em sete atos, o filme é, ao mesmo tempo, o retrato de uma mulher e um estudo sobre as possibilidades do retrato desta mulher, uma atriz que fala da experiência com a arte e a loucura. A sessão no BH nas Telas será comentada pelo diretor João Dumans e pela atriz Viviane de Cássia Ferreira.
Fecho
Fechando a programação da Mostra BH nas Telas, no domingo, dia 12, às 16h30, o público infantil poderá conferir a exibição de “Chef Jack: O Cozinheiro Aventureiro” (2023), animação de Guilherme Fiúza. O filme narra a jornada de Jack, cozinheiro destemido que roda o mundo em busca das maiores especiarias para seus pratos. Para se tornar o número um do ramo, ele entra para a Convergência de Sabores, a maior competição gastronômica do mundo.
Assim, ele e Leonard, o assistente, viajam para as Ilhas Culinárias e, desse modo, enfrentam provas que desafiam as habilidades de ambos. Às 19h, o documentário “Eu, um Outro” (2019), da cineasta Sílvia Godinho, encerra o BH nas Telas. No filme, Luca está em busca de um antigo amor. Já Thalles quer mudar de nome, enquanto Raul deseja ser um homem melhor. Eles se encontraram em seus novos corpos, no entanto, precisam sobreviver no país que mais mata pessoas transgênero.
Serviço | Circuito Municipal de Cultura
“Mostra BH nas Telas”
Quando. De 2 a 12 de maio
Onde. Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89 – Santa Tereza)
Quanto. Os ingressos são gratuitos, podem ser retirados on-line pelo site da Sympla ou na bilheteria do cinema, 30 minutos antes das sessões
Programação | “Mostra BH nas Telas”
2/5, quinta-feira, 19h
“Tudo o que Você Podia Ser”
(Ricardo Alves Jr | 2023 | Documentário | 83 min)
Classificação indicativa: 12 anos
Sessão no BH nas Telas será comentada pelo diretor Ricardo Alves Jr e elenco
Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares
3/5, sexta-feira, 19h
“Zé” (Rafael Conde | 2023 | Drama | 120 min)
Classificação indicativa: 12 anos
4/5, sábado, 16h30
Placa-Mãe (Igor Bastos | Brasil | 2019 | 105 min)
Classificação indicativa: livre
Sessão do BH nas Telas comentada pelo diretor Igor Bastos
4/5, sábado, 19h
“As Órfãs da Rainha” (Elza Cataldo | 2023 | Drama | 133 min)
Classificação indicativa: 14 anos
5/5, domingo, 16h30
“A Rainha Nzinga Chegou”
(Júnia Torres e Isabel Casimira | Brasil/Angola | 2019 | 74 min)
Classificação indicativa: livre
5/5, domingo, 18h
“Canção ao Longe”
(Clarissa Campolina | Minas Gerais | 2022 | 76 min)
Classificação indicativa: 12 anos
7/5, terça-feira, 19h
“Amanhã” (Marcos Pimentel | 2023 | Documentário | 106 min)
Classificação indicativa: 14 anos
Sessão do BH nas Telas comentada pelo diretor Marcos Pimentel
8/5, quarta-feira, 19h
“Marte Um” (Gabriel Martins | Brasil | 2022 | Drama | 115 min)
Classificação indicativa: 16 anos
9/5, quinta-feira, 19h
“Kevin” (Joana Oliveira | Brasil | 2021 | Documentário | 81 min)
Classificação indicativa: 10 anos
Sessão comentada pela montadora Clarissa Campolina
10/5, sexta-feira, 19h
“O Lodo” (Helvécio Ratton | Brasil | 2020 | Drama | 94 min)
Classificação indicativa: 14 anos
11/5, sábado, 19h
“As Linhas da Minha Mão”
(João Dumans | 2023 | Documentário | 80 min)
Classificação indicativa: 14 anos
Sessão comentada pelo diretor João Dumans e
pela atriz Viviane de Cássia Ferreira
12/5, domingo, 16h30
“Chef Jack: O Cozinheiro Aventureiro”
(Guilherme Fiuza | Brasil | Animação | 2023 | 72 min)
Classificação indicativa: livre
12/5, domingo, 18h
“Eu, um Outro” (Silvia Godinho | Brasil | 2019 | 84 min)
Classificação indicativa: 14 anos
Debates | “Políticas Públicas para o Audiovisual Brasileiro”
7/5, terça-feira, 14h
Painel 1: “Acervos Audiovisuais: Preservação e Memória” | A importância da preservação dos acervos audiovisuais. Desse modo, iniciativas, desafios e estratégias no âmbito de instituições de guarda, universidade e centros de estudos.
Convidados: Débora Butruce – Presidente da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual – ABPA; Jussara Vitória – Professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG; Pedro Vaz Perez – Coordenador do Curso de Cinema e Audiovisual da PUC MG);Lourenço Veloso – Presidente do Centro de Estudos Cinematográficos – CEC
Mediação: Thiago Veloso Vitral – Coordenador do MIS BH
7/5, terça-feira, 16h30
Painel 2: “Circuitos de Salas Públicas e as Estratégias de Difusão do Cinema Brasileiro” | Experiências, estratégias e oportunidades da ampliação de circuitos de salas de cinema públicas no país.
Convidados: Alfredo Manevy – Professor da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC e pesquisador em políticas culturais; Lyara Oliveira – Presidente da SPCINE; Bruno Hilário – Diretor Cultural da Fundação Clóvis Salgado Mediação: Vanessa Santos – Coordenadora do Cine Santa Tereza
8/5, quarta-feira, 16h30
Painel 3: “Formação para o audiovisual – Indústria, Diversidade e Inclusão” | A interseção entre os desafios e as necessidades da formação para o audiovisual, o desenvolvimento industrial e os temas da diversidade e inclusão.
Convidados: Barbara Trugillo – Superintendente de Inovação e Políticas do Audiovisual da SPCINE; Tatiana Carvalho – Presidente da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro – APAN; Débora Ivanov – Diretora Executiva do Sindicato da Indústria do Audiovisual do Estado de São Paulo – SIAESP, produtora e fundadora do +MULHERES; Rafael Ciccarini – Reitor do Centro Universitário Una Mediação: Frederico Diniz – Gerente da Escola Livre de Artes Arena da Cultura – ELA
9/5, quinta-feira, 16h30
Painel 4: “Film Commissions: Ferramentas de cidadania e desenvolvimento econômico”. Em cena, o papel das Film Commissions como propulsoras de desenvolvimento econômico. Tal qual, como promotoras da valorização cultural das cidades.
Convidados: Christiano Braga- Supervisor de Audiovisual e Economia Criativa da Embratur Embratur; Felipe Dias – Gestor do Programa de Desenvolvimento do Setor Audiovisual de Salvador – SalCine; Daniel Celli – Coordenador da Rio Film Commission; Joana Braga – Porto Alegre Film Commission; Marina Samião – Belotur
Mediação: Thaylane Cristina – Coordenadora da BH Film Commission
10/5, sexta-feira, 17h
Painel 5: “Políticas Locais para o Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro”. A importância estratégica da estruturação e fortalecimento de políticas municipais e estaduais para o audiovisual e como essas políticas contribuem para o processo de desenvolvimento industrial do setor.
Convidados: Juca Ferreira – BNDES; Paulo Alcoforado – Diretor da Ancine; Fabrício Noronha – Presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura.
Mediação: Gabriel Portela – Secretário Municipal Adjunto de Cultura de Belo Horizonte.