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Agenda Cultural

Aroldo Pereira lança “Parangolares” na Casa da Floresta

Aroldo Pereira, que lança o livro "Parangolares" na Casa da Floresta (Livraria Patuscada/Sheila Gomes/Divulgação)

Aroldo Pereira, que lança o livro "Parangolares" na Casa da Floresta (Livraria Patuscada/Sheila Gomes/Divulgação)

Livro do poeta, multiartista e agitador cultural Aroldo Pereira revisita lutas e homenageia o artista plástico Ray Colares

Em “Parangolares”, segundo livro da trilogia “Parango”, que será lançado nesta sexta-feira, na Casa da Floresta, o poeta Aroldo Pereira revisita lutas e homenageia os deserdados da sociedade através de memórias e vivências junto ao artista plástico Ray Collares, de quem foi amigo ao longo da vida. “Minha poética é um livro único, iniciado com o ‘Parangolivro’ e que, agora, tem sequência com ‘Parangolares’, reforçando o uso a poesia como diálogo e observações sociais”, conta o autor.

Aroldo Pereira lembra que, na primeira obra, dialogou com o artista plástico Hélio Oiticica (1937 – 1980). “E, agora, com ‘os deserdados do mundo’, como é o caso do Ray Colares. Minha proposta é radicalizar este afeto dos deserdados do mundo, como, aliás, eu também me considero”, explica Aroldo. O poeta entende que, cada vez mais, a sociedade está sob o “comando” de pessoas que não entendem afeto e carinho. Assim, que limitam o acesso a direitos iguais, minando, pois, a beleza da vida e das construções coletivas. Desse modo, no livro, Aroldo Pereira revisita marginalidades. “Os negros, a religiosidade, as artes deixadas à margem neste conceito de mundo fascista da branquitude”.

Quem foi Ray Colares

Raimundo Colares (1944 -1986), homenageado agora por Aroldo Pereira, foi um pintor e desenhista, nascido na cidade de Grão Mogol. Ele morou em Montes Claros em vários períodos da vida. Em sua obra, Ray espraiou tendências como o construtivismo e a arte pop, representando o dinamismo e a velocidade da vida moderna. O trabalho à frente do seu tempo fez com que Ray Colares arrebanhasse admiradores inclusive em outros países. Assim, viveu e construiu projetos, por exemplo, na Itália.

Trilogia

O terceiro livro da trilogia “Parango”, de Aroldo Pereira, já tem nome: “Parangosário”. Nele, o mineiro dialoga com Arthur Bispo Rosário (1909-1989), artista plástico que Aroldo conheceu quando viveu no Rio de Janeiro, e que foi importante para Aroldo desvendar ainda mais o que nomina como “a busca afetiva do saber e das artes”.

Nascido em Coração de Jesus, em 1959, Aroldo Pereira reside em Montes Claros desde 1961. É um dos fundadores do grupo de literatura e teatro Transa Poética, surgido em 1979. Do mesmo modo, coordena o festival de arte contemporânea Psiu Poético, criado em 1987. O evento ocorre anualmente em Montes Claros, em outubro. Desde 2018, a iniciativa também acontece em BH, em março.

Serviço

Lançamento do livro “Parangolares”, de Aroldo Pereira
Nesta sexta-feira, dia 1º de dezembro, das 19 às 22h

Na Casa da Floresta (Rua Silva Ortiz, 78, Floresta)

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