A cantora Alda Rezende encerra nova passagem pelo Brasil com apresentação que celebra o Clube da Esquina
Patrícia Cassese | Editora Assistente
Radicada há quase duas décadas na Nova Zelândia, precisamente em Wellington, a cantora Alda Rezende conta que tirou alguns poucos mesas para visitar sua terra natal. Apesar do caráter de férias, ela, claro, não se furtou a adentrar palcos, como o da Casa Outono, para se apresentar para o público que cativou ao longo de anos por aqui. Antes de voltar para o país que a acolheu, e no qual dá continuidade à carreira, Alda Rezende faz uma última apresentação, no Clube do Jazz do Café com Letras. Será nesta sexta-feira, dia 17. “Os lugares para a parte interna (do clube) já estão esgotados, mas eu acredito que ainda existam ingressos para a externa”, diz ela, que, nesta oportunidade, vai mostrar um repertório inédito no Brasil.
É que o show terá, como inspiração, o cancioneiro do Clube da Esquina. “Na verdade, eu já venho fazendo shows em homenagem ao Clube da Esquina há mais ou menos uns cinco anos, tanto na Nova Zelândia quanto na Austrália. Mas é a realmente a primeira vez que, aqui, no Brasil, faço um show inteiro de Clube da Esquina”, conta Alda. A cantora confessa que selecionar o repertório não foi tarefa das mais fáceis. “Primeiramente, porque, né? São tantas músicas maravilhosas!”.
Crivo
Assim, Alda Rezende conta que partiu de uma lista inicial de 40 composições, que acabou sendo reduzida para 20, 18, de acordo com a ocasião. “No caso deste show no Clube do Jazz do Café com Letras, eu estarei com uma banda maravilhosa”, festeja ela. Alda se refere a Tabajara Belo (violão e guitarra), Nestor Lombida (piano, “um maestro cubano maravilhoso”), Yan Vasconcelos (contrabaixo) e Isac Couto (bateria).
Ainda sobre o repertório, Alda Rezende diz que música do Clube da Esquina é, de fato, um tesouro internacional. “Uma coisa nossa que foi para o mundo. E eu vejo o Clube da Esquina com uma modernidade eterna. Assim, uma música extremamente moderna. Às vezes, as pessoas confundem ‘novo’ e ‘moderno’, ‘moderno’ e ‘novo’. E são coisas muito diferentes, né?”.
Passagem por BH
Em tempo: na passagem pelo Brasil, Alda Rezende se apresentou na Casa Outono no dia 26 de outubro. No repertório, ela mostrou um pouco do projeto “Ultramar”, que é apresentado como “uma viagem musical (literal e metaforicamente) da Nova Zelândia para Austrália, Brasil, Portugal e Irlanda”. Também participou da 8ª edição do Festival Verbo Gentileza, na Praça Floriano Peixoto, entre outros. “Passei um tempo aqui, nesta minha terra que amo, e volto pra Nova Zelândia no dia 27. Mas, dando tudo certo, eu vou conseguir vir para cá muito mais do que eu tenho conseguido nos últimos anos”.
Serviço
Alda Rezende canta Clube da Esquina
Clube do Jazz do Café com Letras (Rua Antônio de Albuquerque, 47, Funcionários)
Nesta sexta-feira, dia 17 de novembro.
Abertura da casa: 19h. Início do primeiro set: 21h. Segundo: 22h30.
Área interna: lugares esgotados. Área externa R$ 20