Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Conheça o acervo do Museu de História Natural da UFMG

Espaço que pegou fogo nesta segunda-feira, dia 15, abriga acervo histórico, cultural e natural

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Um dos prédios que abriga parte de uma das três reservas técnicas do Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais, localizado na região Leste de Belo Horizonte, foi destruído por um incêndio na manhã desta segunda-feira, dia 15. O material perdido ainda não foi divulgado, mas fotos mostram que fósseis foram atingidos. As causas das chamas ainda são desconhecidas.

O museu tem um acervo de mais de 260 mil itens. São peças de arqueologia, paleontologia, geologia, botânica, zoologia, cartografia histórica, etnografia, arte popular, documentação bibliográfica e Arquivística. Aberto a visitas e pesquisa, o espaço se encontra fechado por conta da pandemia.

Além de abrigar o mais importante centro de pesquisa de plantas aromáticas, medicinais e tóxicas brasileiras guarda também o Presépio do Pipiripau. 

Foto: Soraia Magalhães / Divulgação

Criado em 1968, o museu está instalado em uma área de 600.000 m², no bairro Horto. Espaço que pertencia a uma fazenda, desapropriada no início do Século XX. Que também foi abrigo para o Horto Florestal, Estação Experimental de Agricultura e Instituto Agronômico. Foi no fim da década de 1960 que o espaço foi doado para a UFMG. Conheça o acervo.

Botânica

Foto: Aquivo do Museu / Divulgação

Em 1973 o museu ganhou o Jardim Botânico. Sendo assim, mantém uma vegetação diversificada e típica da Mata Atlântica, que reúne, espécies nativas e exóticas em uma área de aproximadamente 600.000 m². A quarta maior área verde de Belo Horizonte.

Por meio do Centro Especializado em Botânica e Biodiversidade, o museu desenvolve pesquisas relacionadas com o patrimônio natural e conservação da diversidade vegetal. 

Guarda frutos, sementes, drogas vegetais e plantas prensadas e desidratadas. Um dos projetos instalados no local trabalha no conhecimento da vegetação e das abelhas solitárias. Por lá também são desenvolvidas atividades educativas.

O Centro de Pesquisa de Plantas Aromáticas, Medicinais e Tóxicas Brasileiras – CEPLAMT é o único em todo o Brasil que realiza pesquisas sobre o assunto. São registros de mais de 3200 plantas nativas do país.

Arqueologia e paleontologia

Foto: Aquivo do Museu / Divulgação

Por lá é possível encontrar restos líticos e esqueletais da Coleção Harold Walter. Um dos acervos mais ricos do Brasil referente a arqueobotânica. Ainda, restos das primeiras populações americanas. São fósseis recolhidos em todo estado. 

Há  também no local algumas reconstituições de como eram os animais que viveram muito antes dos seres humanos, além de outros que conviveram com o homem primitivo, como as preguiças-gigantes e os tigres-dente-de-sabre.

Presépio do Pipiripau

Foto: Aquivo do Museu / Divulgação

O famoso presépio do Pipiripau, criado pelo artesão mineiro Raimundo Machado Azeredo, também faz parte do local. A obra tem dez metros quadrados e levou 82 anos para ser construída. Todas as peças foram feitas de argila, conchas, papel machê e outros materiais. Um conjunto de peças animadas que mostram, em 45 cenas, a vida e morte de Cristo. Em 1984 foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional.

Arte popular e etnografia

Foto: Aquivo do Museu / Divulgação

No acervo de Arte Popular, o museu abriga 823 peças de artesanato produzidos na região do Vale do Jequitinhonha, no Norte de Minas. Já a Etnografia, está representada por um conjunto de 300 peças. São materiais, artefatos e utilitários da cultura Maxacali, indígenas da região nordeste de Minas Gerais. Além de peças que compõem o acervo Victor Dequesh, formado por objetos indígenas.

Cartografia

Foto: Aquivo do Museu / Divulgação

No acervo de cartografia, são centenas de cópias fotográficas, digitais e documentos sobre a América portuguesa, do Brasil no período colonial e Império. Tem ainda, plantas de vilas e de cidades, gráfico e croquis de estudos. Documentos em sua maioria dos séculos XVIII e XIX. Importante material sobre a história de Minas Gerais e do país.

Geologia

Bruna Brandão/ Divulgação

Um dos galpões do museu é voltado para a Geologia. São amostras de minerais e rochas. Eles representam os processos geológicos formadores de rochas. Ainda, ajudam a contar a história da formação da terra e dos minerais de Minas Gerais. São dezenas de amostras, por exemplo, de ouro, diamantes e ferro.

Zoologia

Foto: Aquivo do Museu / Divulgação

Na coleção Zoologia o museu tem mais de 55.000 itens. São insetos, ornitológicos, roedores, marsupiais e morcegos e conchas. Além de peles, vestígios esqueletais diversos, individuais ou conjuntos e conservados em vidro de peixes, répteis, anfíbios, crustáceos, moluscos, poríferos, anelídeos, aracnídeos, equinodermos, vermes, entre outros, conservados em meio líquido e em vidro.

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