Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Cercada de drag queens e depois de longo atraso, Xuxa faz plateia mineira viajar no tempo

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Xuxa viaja no tempo com plateia no Km de Vantagens Hall. Crédito: Thiago Fonseca.

Por Thiago Fonseca*

Depois de anos sem realizar shows em Belo Horizonte, Xuxa, a eterna rainha dos baixinhos, aterrissou com sua nave na capital. Com bastante atraso – o show marcado para 22h não começou antes da 0h. Durante apresentação mineira do Xuchá, Chá da Xuxa, realizado no Km de Vantagens Hall a estrela relembrou os grandes momentos da carreira.

O famoso chá surgiu em 2009, voltado para o público LGBT,  e já recebeu outras estrelas como Anitta, Preta Gil e Valesca. O espetáculo começa tal qual o programa que a consagrou:  a cantora levou o público ao delírio ao sair da nave branca cantando Amiguinha da Xuxa. As coreografias foram bem marcadas com a presença de dançarinas loiras, morenas e ruivas e negras. Paquitos sem camisa também completaram o elenco.

Uma novidade foi a participação das ‘paquidrags’. Sete drags foram selecionadas para dançar no show no lugar das Paquitas. Cheias de autoafirmação e representatividade, entraram no meio do espetáculo para performar dois hits das Paquitas: Fada Madrinha (É Tão Bom) e Sonho De Verão. O número aconteceu no intervalo entre as músicas Hoje É Dia De Folia e Planeta Xuxa.

Xuxa viaja no tempo com plateia no Km de Vantagens Hall. Crédito: Thiago Fonseca.

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Cenário

Boa parte dos elementos cenográficos utilizados no show são reciclados das turnês anteriores de Xuxa. E claro que não podia faltar a nave espacial branca do Xou da Xuxa de 1992 e da escada colorida utilizada pelo mesmo programa em 1990. Para interagir com as músicas, diversos telões exibiram animações que fazem referências ao repertório da turnê.

Vídeos de fãs mineiros também foram exibidos nos telões. Eles contaram história de amor com a cantora. Um grupo relembrou o primeiro show da rainha que foi em Ipatinga, no Vale do Aço, há mais de 20 anos.

Troca troca

Xuxa mudou de roupa algumas vezes, como era de se esperar. Diferentes figurinistas contribuíram para o show, sempre remetendo aos anos 80 e 90. Na primeira parte do espetáculo, Xuxa sai da nave com um vestido branco de penas, botas e uma coroa com “xucas” gigantes. Em Planeta Xuxa e Libera Geral, ela usa um sobretudo e um chapéu cheio de LEDs, logo após tirar o sobretudo revela um macacão preto e branco semelhante ao que usou no Xuxa Park especial de 10 anos. A partir daí, usa diferentes perucas para cada música que canta.

No show de mais de uma hora, Xuxa mostrou que ainda é rainha dos baixinhos e dos grandinhos. Não havia se quer uma pessoa que não cantasse os clássicos da rainha. O show foi emoção atras de emoção. Bonito mesmo foi quando do alto choveram papéis picados, serpentinas e balões, logo no início, o que levou os mais de quatro mil fãs à loucura. E a despedida? Não poderia ser diferente; Xuxa deixou o palco ao decolar na nave que esteve presente durante a infância do público.

*Sob a supervisão de Carolina Braga

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