Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

A possível despedida de Aerosmith? “Aerovederci”, baby!

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Cada vez mais a Esplanada do Mineirão se firma como grande palco para artistas do rock e do metal. A passagem do Aerosmith só reforçou o movimento que já teve nomes como Black Sabbath e Megadeth, Anthrax e Iron Maiden. Foi inesquecível? Para quem é super fã, é claro que sim.

Confira o texto de Luiz Vila Real, um apaixonado pelo Aerosmith que teve a chance de acompanhar de perto a performance dos “Bad Boys de Boston”.

Show do Aerosmith em BH. Crédito: Bruno Soares / BS Fotografias

Luiz Vila Real*

O Aerosmith é conhecido tanto pelo trabalho recheado de influências do blues pesado e distorcido quanto pelas baladas românticas. Na passagem por BH, o grupo de Massachussets apresentou um repertório variado na extensa gama de hits.

Show do Aerosmith em BH. Crédito: Bruno Soares / BS Fotografias

Começou com Let The Music Do The Talking, do álbum Done With Mirrors, de 1985. O clássico marcou a volta da formação original da banda, separada por um curto período nos anos 80.

Logo em seguida Love In a Elevator, de Pump– primeiro álbum a ganhar um Grammy, com Janie’s Got a Gun, em 1990. A partir dali os roqueiros demonstraram que realmente voltaram a tocar juntos – desde 1984 – por puro prazer.

Show do Aerosmith em BH. Crédito: Bruno Soares / BS Fotografias

Steven Tyler comprovou seu talento como frontman: brincou, pulou, interagiu e, como sempre, contagiou o público. A todo momento convocava Joe Perry para dividir o microfone. 

Na quarta canção, Livin’ on The Edge, vencedora de um Grammy em 1993, mesmo com o uso de overdubs (som gravado em estúdio) nos refrãos, Steven, levou a plateia ao delírio ao beijar Joey Kramer, o baterista, no rosto.

Após Falling in Love (Is Hard on the Knees), Joe Perry reclamou de problemas técnicos. Emendou Stop Messin Around, cover do Fleetwood Mac presente no álbum blues Honkin’ on Bobo, de 2004. Na sequência teve medley instrumental de blues. Tyller tocou gaita e xequerê, uma espécie de chocalho nigeriano.

“Bão demais da conta!”

A partir daí o quinteto chega ao set das baladas românticas. O frontman convoca um coro para anunciar Cryin’, de Get a Grip, lançado em 1993.Além da performance visceral, Tyler se arrisca no português, ou melhor, mineirês, dizendo um “Bão demais da conta!” num sotaque carregado, e pede um chapéu à plateia. Vestindo a cartola anuncia o tecladista da banda de apoio.

Trilha sonora do filme Armageddon, de 1998, I Don’t Want to Miss A Thing foi o ápice do show, com direito à plateia cantar a letra juntamente do vocalista. Milhares de celulares eternizaram o momento, e lágrimas rolaram.

Rock e mais

Voltando ao hard rock, Eat The Rich é o momento em que Joe Perry finca a guitarra de cabeça para baixo no assoalho do palco, desafina-a completamente e afina de novo para tocar, da forma mais natural possível.

Com cover de Come Together, dos Beatles, seguido de Sweet Emotion, hit de Toys in the Attic, o baixista Tom Hamilton comanda tudo com seus famosos riffs de baixo.Ao piano, Steven dá introdução à Dream On, do primeiro álbum, de 1973, mas que só tomou as dimensões que tem atualmente com seu relançamento como single em 1976.

Brad Withford finalmente deixa a aparente timidez e se mostra à frente no palco, solando juntamente com Joey Kramer, antes de tocarem a última da noite, o hit Walk This Way.

*Sob a supervisão de Carolina Braga

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