Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

As impressões sobre mais um belo encontro entre Paul McCartney e BH

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O sempre simpático Paul McCartney surpreendeu ainda mais com o português. Crédito: MRossi

Falar sobre o show do Paul McCartney dificilmente foge da descrição adjetivada. É mesmo incrível, emocionante, marcante, bonito, impressionante e daí por diante. Porém, mais que tudo isso, estar em um show dele é significativo.

Pensa bem, o cara é um ex-Beatle e como se não bastasse ter chegado à nossa pequena capital uma vez, volta trazendo mais carisma, criando mais memórias que já são inesquecíveis para as mais de 50 mil pessoas que estiveram no Mineirão na noite do dia 17 de outubro.

Ele poderia fazer qualquer coisa que estaria maravilhoso. Tanto é que Paul deu uma reboladinha “à britânica” e caímos de amores. Falou português com a gente e achamos o sotaque lindo, o esforço de uma generosidade ímpar. E quando ele soltou o “sô”? A mineiridade foi à loucura.

Love me do #paulmccartney #beatles

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REPERTÓRIO

Mas e o show? Bem, talvez até o crítico mais fervoroso não teria como fugir dos adjetivos positivos. É de um profissionalismo ímpar. Nada parece dar errado, em som (ops, pelo menos para quem estava na Pista Premium. As reclamações de quem estava na arquibancada são muitas e as pessoas tem toda razão em contestar), imagem e performance. Até o que poderia ser uma questão, tipo a voz rouca de Paul e o aparente cansaço, viram elogio. Afinal, estamos diante de um homem de 75 anos de idade, que encara uma maratona de shows em um país distante do dele e faz isso com a maior entrega possível.

Ok, mas e o repertório? Foram 25 vezes Beatles (mesma quantidade executada no show de 2013), cinco Wings e outros oito momentos da carreira, inclusive as canções lançadas entre uma turnê e outra, o que totalizou 38 canções em duas horas e quarenta de show. Mariana Peixoto, repórter do Estado de Minas, descreve muito bem sobre cada momento em sua matéria. Leia aqui!

A abertura com A hard day´s night, executada pela primeira vez em uma turnê de Paul McCartney desde 1965, já foi uma coisa. A plateia estava tão eufórica que eu – com meu 1,60 – desapareci no meio do povo e custei a vê-lo em carne e osso. Sim, porque o tamanho e a qualidade do telão oferecem visão privilegiada para todo mundo. Não é só um show, é um espetáculo de verdade.

 

O começo! ❤️ #paulmccartney

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BEATLES REVIVAL

Particularmente os momentos Beatles são os que sempre me agradaram mais. Como não se emocionar com aquele palco subindo em Blackbird e a lembrança de que a canção tem pano de fundo político? O momento favorito no show de 2013 e em 2017 também. Can’t Buy Me Love e Drive my car, respectivamente terceira e quinta a serem executadas, ajudam a materializar: sim, é Beatle de verdade.

Paul McCartney cantou 25 músicas dos Beatles. Crédito: MRossi

A sequência final com Let It Be, Live and Let Die e Hey Jude é matadora. E depois ele ainda volta ao palco com uma importante bandeira além da brasileira (que o próprio segurava) e da inglesa: o arco-íris da luta LGBT. Isso, Paul o posicionamento – e o apoio – de artistas do seu tamanho são muito importantes em um momento de tanta intolerância no mundo inteiro.

Elegância é uma constante para Paul McCartney. Disso faz parte o simpático esforço em falar português. Não foram pequenas frases. O Beatle se comunicou verdadeiramente com a plateia de BH no idioma local. Algumas palavras ele parece ter gostado mais: “BH”, “gente”. Deixou a impressão de estar se divertindo com o novo aprendizado. Sinal claro de que a relação com a plateia é o que mais importa para ele.

Os detalhes que ficam sem resposta: será que aquela florzinha amarela que Paul McCartney carregava no casaco tem significado? E uma pulseira (tipo) rosa no punho direito? Se alguém souber, me conta aqui!

Paul terminou o show com um “até a próxima”. Não sei você, mas eu respondi: Até a próxima, Sir, e muito obrigada!

Flor amarela na lapela de Paul McCartney ainda é um mistério. Só um acessório? Crédito: MRossi / Divulgação

EM TEMPO

Depois que esta matéria foi publicada vários leitores contaram suas experiências. Gostaria de deixar registrado aqui o descontentamento de quem viu o show da Arquibancada. Os relatos são de que o som estava péssimo, não só em termos acústicos mas também técnicos. Alô alô produção, algum retorno sobre isso?

REPERTÓRIO

A Hard Day’s Night
Save Us
Can’t Buy Me Love
Letting Go
Drive My Car
Let Me Roll It
I’ve Got a Feeling
My Valentine
Nineteen Hundred and Eighty-Five
Maybe I’m Amazed
I’ve Just Seen a Face
In Spite of All the Danger
Love Me Do
And I Love Her
Blackbird
Here Today
Queenie Eye
New
Lady Madonna
FourFiveSeconds
Eleanor Rigby
I Wanna Be Your Man
Being for the Benefit of Mr. Kite!
Something
A Day in the Life
Ob-La-Di, Ob-La-Da
Band on the Run
Back in the U.S.S.R.
Let It Be
Live and Let Die
Hey Jude

BIS

Yesterday
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise)
Helter Skelter
Birthday
Golden Slumbers
Carry That Weight
The End

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